Título: | Entre ambiguidades, legislação e negociações : a Era Vargas e a regulamentação do trabalho feminino (1930-45) |
Autor(es): | Pinho, Antônio Vinícius Santos |
Orientador(es): | Oliveira, Ione de Fátima |
Assunto: | Brasil - história - Era Vargas Mulheres - direitos Trabalho Mulheres - emprego Direito do trabalho |
Data de apresentação: | Mai-2021 |
Data de publicação: | 24-Ago-2021 |
Referência: | PINHO, Antônio Vinícius Santos. Entre ambiguidades, legislação e negociações : a Era Vargas e a regulamentação do trabalho feminino (1930-45). 2021. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-45) foi marcado por diferentes formas de
governar. Desde a fase do governo provisório, passando pelo constitucional e a fase
ditatorial, a questão dos direitos dos trabalhadores esteve no centro das atenções. Este
artigo analisa a forma como a mulher trabalhadora foi tratada em discursos oficiais.
Para tanto, examinamos documentos oficiais produzidos no âmbito do Poder
Legislativo e do Ministério do Trabalho. Adicionalmente, investigamos cartas enviadas
pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino a autoridades que tratavam do
assunto. Questionamos de que forma os agentes do Estado representavam a mulher que
estava integrada ao mundo do trabalho. Nesse sentido, a legislação pertinente à mulher
no trabalho é entendida como resposta às demandas dos trabalhadores, aos setores
políticos que pleiteiam a proteção à família e à criança, além de reivindicações de
grupos feministas. A pesquisa identificou nos documentos oficiais a longeva associação
da mulher ao espaço doméstico e a defesa do retorno da mulher trabalhadora ao lar
como as principais retóricas presentes. Denominamos tal discurso de retórica
maternista, pois, evoca a função natural e o espaço socialmente adequado a todas as
mulheres. Apesar de insistirem no maternismo, os agentes estatais costumavam dividir o
trabalho feminino em duas categorias: por capricho e por necessidade. Com base neste
último, a intervenção legislativa se deu a fim de “proteger” a mulher que precisava se
submeter à condição adversa de trabalho. As ações do Estado foram ambíguas. Mesmo
com a rejeição da presença feminina fora do lar, numerosos dispositivos legais,
garantidos pelo Estado, entraram em vigor para regular as relações de trabalho a que
elas estavam submetidas.Como contraponto às iniciativas do Estado e aos discursos de
seus agentes, as feministas da FBPF se apresentaram como as vozes autorizadas para
reivindicar direitos e criticar esteriótipos. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2021. |
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Aparece na Coleção: | História
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