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Título: Agricultura familiar no Povoado Mesquita : uma comunidade tradicional descendente de quilombolas
Autor(es): Lisboa, Danusa Benedita
Orientador(es): Nogueira, Solange da Costa
Assunto: Agricultura familiar
Quilombos
Produtos agrícolas
Produtores rurais
Mecanização agrícola
Produção agrícola
Data de apresentação: 12-Dez-2018
Data de publicação: 15-Jun-2021
Referência: LISBOA, Danusa Benedita. Agricultura familiar no Povoado Mesquita: uma comunidade tradicional descendente de quilombolas. 2020. 41 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Este trabalho apresenta uma caracterização da agricultura familiar desenvolvida no Quilombo Mesquita. O objetivo foi demonstrar as formas de cultivo, costumes tradicionais de plantio, manejo das plantações e comercialização dos produtos agrícolas pela comunidade. A metodologia empregada foi à aplicação de questionários, análise de documentos e entrevistas com os produtores rurais. Foi identificado que as atividades agrícolas desenvolvidas na comunidade sofreram processos leves de modernização, embora ainda permaneçam alguns sistemas tradicionais. As duas culturas agrícolas que mais sofreram modificações foram o cultivo de milho (Zea mays) e o de mexerica ponkan (Citrus reticulata) que apresentam certo grau de mecanização e adoção de insumos modernos, afastando- se cada vez mais dos processos de trabalho familiar. Nesse movimento de modernização pode-se encontrar também adoção da piscicultura e a diversificação do cultivo de hortaliças, com a variante de produção orgânica. Já duas atividades econômicas permaneceram com estreita vinculação aos costumes tradicionais. Essas atividades foram o cultivo de marmelo e o cultivo de mandioca, os quais, juntamente com a decadente plantação de cana-de-açúcar ( Saccharum officinarum), formavam a base de atividades importantes de processamento, dando origem a produtos industrializados que sustentaram o comercio da comunidade com as cidades. Ao lado da marmelada, que era o principal produto do Povoado, transitava também, a rapadura, a cachaça de alambique e a farinha de mandioca. Ao mesmo tempo, uma forma de intercambio local de matéria-prima, trabalho e produto denomina de meia, também, fortalecia a economia interna à comunidade. A meia, como é chamada pelos agricultores locais, é uma modalidade de troca onde as pessoas ou famílias dedicadas ao cultivo de marmelo, mandioca ou cana de açúcar, entregam a matéria-prima para serem industrializados por outras famílias dedicadas à fabricação de marmelada, farinha, rapadura e cachaça, recebendo, em troca, metade do produto processado resultante. Deste modo, mesmo com uma agricultura rudimentar os mesquitenses conseguiam valorizar os seus produtos. Entretanto, com a concorrência de outros produtos industrializados na região, houve uma decadência dos produtos processados pela comunidade, tendo como consequência a busca por aumento da produção agrícola, por meio da adoção parcial de pacotes tecnológicos convencionais gerando essa situação de tradicional e moderno, com baixos rendimentos, convivendo lado a lado em uma comunidade tradicional. O ingresso recente de alguns produtores ao cultivo de hortaliças orgânicas pode trazer novas perspectivas à produção agrícola da comunidade, estimulando os produtores de marmelo e de frutíferas a ingressarem no cultivo sustentável aliado a técnicas de processamento.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Curso de Agronomia, 2020.
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