Título: | O verbo modal poder e a construção só pode em português : aspectos sintáticos e semânticos |
Autor(es): | Ferreira, João Víctor Baldocchi |
Orientador(es): | Lunguinho, Marcus Vinícius da Silva |
Assunto: | Português do Brasil Língua portuguesa - verbos Língua portuguesa - semântica Língua portuguesa - sintaxe |
Data de apresentação: | 2020 |
Data de publicação: | 26-Abr-2021 |
Referência: | FERREIRA, João Víctor Baldocchi. O verbo modal poder e a construção só pode em português: aspectos sintáticos e semânticos. 2020. 57 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras Português)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | Neste trabalho, estudamos a construção “só pode” em português brasileiro, buscando entender qual o papel da palavra “só” nessa estrutura e como ela se relaciona com a quantificação existencial do verbo auxiliar modal “poder”. Inicialmente, tratamos da categoria linguística “modalidade”: definição, tipos de modalidade mais comuns, meios de expressão da modalidade em português e, por fim, o verbo “poder”. Em seguida apresentamos a fundamentação teórica do trabalho, que é a teoria quantificacional da modalidade proposta por Kratzer (2012) e descrita em detalhes em Bravo (2017). Depois, empreendemos um estudo mais aprofundado das propriedades da partícula “só”, no português do Brasil, pautando-nos no que apontam Gritti e Resenes (2008): “só” é um elemento focalizador, que exaure as alternativas que poderiam ser utilizadas pelo falante e pode implicar uma escala de importância, em determinados contextos. No que se refere à estrutura “só pode”, o que parece haver é uma influência desse papel restritivo de “só” quando combinado com o verbo auxiliar modal “poder”, quantificador existencial. Dessa combinação, resulta que a expressão “só pode” apresenta semelhanças com os verbos “ter que” e “dever”, auxiliares modais universais. A fim de entender o lugar de “só pode” nessa escala quantificacional, recorremos ao trabalho de Pires de Oliveira e Scarduelli (2008) e mostramos que “só pode” e os modais “deve” e “tem que” apresentam significados próximos, a depender da fonte de ordenação considerada. Com base na teoria Kratzeriana e na análise de dados, argumentamos que a construção “só pode” funciona como um verbo modal cuja quantificação é universal, devido à influência que a palavra “só” exerce sobre o modal “poder”. |
Abstract: | This paper studies the construction “só pode” (literally, “only can”) in Brazilian Portuguese, in order to understand the role of the word “só” in this structure and how it relates with the existencial quantification of the auxiliar modal verb “poder”. Beforehand, we approach the linguistic category “modality”: definition, common types of modalities, ways of expressing modality in Portuguese and, lastly, the verb “poder”. In sequency, we introduce the theorical bsis of this study, namely the quantificational theory of modality suggested by Kratzer (2012) and described in detail in Bravo (2017). Afterwards, we engage a deeper study of the proprieties of the particle “só”, in Brazilian Portuguese, based on Gritti and Resenes (2008): “só” is a focal element, which wears out the alternatives that could be used by the speaker and it can implicate a scale of importance, in some contexts. However, the structure “só pode” seems to have an influence of this restrictive power of “só” whenever combined with the auxiliar modal verb “poder”, an existential quantifier. The combination “só pode” shows similarities to the universal modal verbs “ter que” (literally, “have that”) and “dever” (“must”). To understand the place of “só pode” in the quantification scale of modals, we go back to Pires de Oliveira and Scarduelli’s (2008) work and show that “só pode” and modals “deve, “tem que”, present close meanings, relying on the ordering source considered. Based on Kratzerian’s theory and data analysis, we argued that the construction “só pode” works as a universal modal verb, due to the influence the word “só” has over the modal “poder”. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, 2020. |
DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2020.TCC.27288 |
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Aparece na Coleção: | Letras - Português
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