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dc.contributor.advisorFleischer, Soraya Resende-
dc.contributor.authorCamargo, Ana Claudia Knihs de-
dc.identifier.citationCamargo, Ana Claudia Knihs de. “Se você abrir o armário do meu filho, só tem remédio”: reflexões antropológicas sobre os medicamentos no cenário da síndrome congênita do Zika vírus em Recife/PE. 2020. 96 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.pt_BR
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2020.pt_BR
dc.description.abstractA partir de 2015, o aumento do número de notificações de crianças nascidas com microcefalia no nordeste do Brasil, sobretudo no estado de Pernambuco, chamou atenção de todo o país. A explicação veio no ano seguinte, com a identificação da Síndrome Congênita causada pelo vírus Zika. Ao lado das terapias reabilitadoras que compunham a designada “estimulação precoce”, os medicamentos (anticonvulsivos, antiepilépticos, broncodilatadores, entre outros) foram a principal terapia paliativa oferecida pela biomedicina às famílias para conter os diferentes sintomas vividos pelas crianças, como crises convulsivas e epilépticas, problemas respiratórios e deglutivos e espasmos musculares involuntários. Eram diversos tipos de medicamentos prescritos, que, aos poucos, foram se tornando onipresentes no contexto da síndrome: estavam nas “farmacinhas caseiras” das famílias, eram levados nas mochilinhas das crianças, apareciam com frequência nas conversas entre as cuidadoras - que geralmente eram as mães. Por outro lado, as consequências desconhecidas do uso prolongado de tantos medicamentos por aqueles corpos infantis, assim como a apreensão com a possibilidade de efeitos colaterais e iatrogênicos, faziam com que diversas mães repensassem a qualidade da terapia farmacológica. Seus impactos na organização financeira dessas famílias também eram reforçados pelas mães, que, em muitos casos, também passaram a tratar seus sintomas de cansaço, ansiedade e depressão com seus próprios medicamentos. A partir da antropologia e de pesquisa etnográfica, o objetivo deste trabalho é discutir o local social que os medicamentos ocupam na vida dessas crianças, de suas mães e famílias. Por meio das narrativas relacionadas aos medicamentos, é possível investigar as experiências intensas vividas por essas famílias que têm diversas imbricações entre a biomedicina, infância e deficiências, acesso à saúde e cuidado no cenário da síndrome.pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subject.keywordCrianças com deficiênciapt_BR
dc.subject.keywordCrianças - doençaspt_BR
dc.subject.keywordZika víruspt_BR
dc.subject.keywordMedicamentospt_BR
dc.subject.keywordAntropologiapt_BR
dc.title“Se você abrir o armário do meu filho, só tem remédio” : reflexões antropológicas sobre os medicamentos no cenário da síndrome congênita do Zika vírus em Recife/PEpt_BR
dc.typeTrabalho de Conclusão de Curso - Graduação - Bachareladopt_BR
dc.date.accessioned2021-03-20T14:54:34Z-
dc.date.available2021-03-20T14:54:34Z-
dc.date.submitted2020-
dc.identifier.urihttps://bdm.unb.br/handle/10483/27042-
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.pt_BR
dc.description.abstract1As of 2015, the increase in the number of notifications of children born with microcephaly in northeastern Brazil, especially in the state of Pernambuco, drew attention across the country. The explanation came the following year, with the identification of the Congenital Syndrome caused by the Zika virus. Along with the rehabilitation therapies that made up the so-called “early stimulation”, medications were the main palliative therapy offered by biomedicine to families to contain the different symptoms experienced by children, such as seizures and epileptic seizures, breathing and swallowing problems, involuntary muscle spasms, among others. There were several types of prescription drugs, which, little by little, became ubiquitous in the context of the syndrome: they were in the families' homemade pharmacies, they were taken in the children's backpacks, they frequently appeared in conversations between caregivers - which were usually the mothers. On the other hand, the unknown consequences of the prolonged use of so many medicines by those children's bodies, as well as the apprehension with the possibility of side and iatrogenic effects, made several mothers to rethink the quality of pharmacological therapy. Their impacts on the financial organization of these families were also reinforced by the mothers, who, in many cases, also began to treat their symptoms of tiredness, anxiety and depression with their own medications. Based on anthropology and ethnographic research, the aim of this paper is to discuss the social location that medicines occupy in the lives of these children, their mothers and families. Through the drug-related narratives, it is possible to investigate intense experiences of those families with several overlaps between biomedicine, childhood and disabilities, access to health and care in the syndrome scenario.pt_BR
dc.identifier.doihttp://dx.doi.org/10.26512/2020.TCC.27042pt_BR
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