Título: | Imprensa e poder no Segundo Governo Vargas a oposição do matutino Diário Carioca (1950-1954) |
Autor(es): | Gadelha, Lênin Alves Francelino |
Orientador(es): | Klemi, Albene Miriam Menezes |
Assunto: | Governo e imprensa Jornal Diário Carioca Brasil - história - Era Vargas Imprensa e política |
Data de apresentação: | 6-Dez-2019 |
Data de publicação: | 21-Jan-2021 |
Referência: | GADELHA, Lênin Alves Francelino. Imprensa e poder no Segundo Governo Vargas a oposição do matutino Diário Carioca (1950-1954). 2019. 21 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | O presente artigo busca delinear um cenário de como foi engendrada uma oposição
radical do jornal Diário Carioca (D. C.) frente à figura paternalista e populista de Getúlio Vargas
durante a primeira metade da década de 1950, período de construção da sua candidatura a
Presidente e de seu governo de feição nacional-desenvolvimentista (1951 a 1954). Naquele
momento, a imprensa brasileira passa por um processo de modernização e adquire, mais ainda,
um caráter político vinculado aos interesses privados, moldando, sob essa perspectiva, o
imaginário dos leitores. O Diário Carioca foi pioneiro dessa modernização. Durante o Segundo
Governo Vargas, período caracterizado por uma situação de crise, o alarmismo da imprensa
teve papel vital na oposição, que culmina com o suicídio do então presidente. Nossa hipótese
conjectura que a oposição dos periódicos da forma como se deu, dentre outras variáveis, foi
devido ao dinamismo resultante das reformas modernizadoras da imprensa. A abordagem do
tema é de natureza qualitativa. O D.C. é ao mesmo tempo fonte e objeto de pesquisa. O
levantamento das informações nas páginas do periódico em tela foi realizado por meio de
pesquisa por amostragem. Para balizar a amostragem elaborou-se uma linha do tempo com
alguns dos fatos mais importantes do período, identificados na literatura, e procedeu-se a
pesquisa em torno de suas datas. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o escopo do
tema. Constatou-se que o Diário Carioca fez uma oposição radical a Vargas e ao seu governo.
Esse posicionamento coadunava-se com o da maior parte dos periódicos da chamada grande
imprensa que foi uma das grandes responsáveis pelo cerco e desfecho trágico do daquele
mandato, com o suicídio do presidente. Sem a censura e repressão feitas à imprensa pelo Estado
Novo sob o comando de Getúlio Vargas (1937-1945) e efetivadas pelo Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP), a primeira metade dos anos 1950 permitiu uma crítica dos veículos de comunicação, sobretudo dos jornais impressos, ao Segundo Governo varguista.
Nesse contexto de experiência democrática, a modernização dos jornais levou a imprensa a uma
nova dinâmica. O alarmismo e sensacionalismo das notícias, as colunas hostis ao então
presidente e o cerco da imprensa escrita contra Getúlio Vargas culminaram em um desfecho
trágico, seu suicídio, em agosto de 1954. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2019. |
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