Resumo: | O termo saúde, até o século XIX, era entendido como a ausência de doenças físicas,
através de um olhar totalmente biomédico, principalmente pelos trabalhos dos bacteriologistas
como Koch e Pasteur que trouxeram a concepção de que o processo saúde-doença deveria ser
estudado e pesquisado em laboratórios e, com um olhar voltado para doenças específicas, o que
retirava do conceito toda a área sociopolítica. Porém, deve ser ressaltado que, já no século XX,
a partir do momento no qual as ciências da saúde começaram a ser compreendidas como
essencialmente sociais, a teoria sobre os determinantes sociais da saúde (DSS) ganhou
significativa importância, trazendo para o conceito de Saúde as áreas mental, social e política,
mostrando que a ausência de doença física não é o único parâmetro para entender “saúde”.
Através desta renovada concepção, a Saúde Mental equilibrada passou a ter espaço nas
discussões sendo vista como essencial para relações saudáveis na vida dos indivíduos. Porém,
processos e realidades vividos diariamente pelas pessoas podem ser capazes de desestruturar
essa área trazendo, ou intensificando, possíveis adoecimentos metais. Uma dessas realidades
pode ser exemplificada pela vida universitária: momento de grandes transições e decisões na
vida dos sujeitos. Além de ditas mudanças, possíveis pressões que podem ultrapassar demandas
acadêmicas consideradas saudáveis, podem ainda potencializar dito adoecimento nos/as
discentes. Tal assunto pode ser focado ainda nas estudantes de Serviço Social da Universidade
de Brasília (UnB), já que, entre outros motivos, é um curso que as aproxima das mazelas da
sociedade tidas nas expressões da “questão social”, fato que pode ser um “estressor” acadêmico
ainda maior. Por isso, o presente trabalho possui enquanto prerrogativa incitar o debate sobre
as formas pelas quais as condições contemporâneas da vida social podem, de alguma maneira,
potencializar, ou causar, adoecimentos mentais com foco no grupo específico de alunos/as do
curso de Serviço Social da Universidade de Brasília e, para isso, foi utilizada uma pesquisa
bibliográfica sobre os temas Saúde e Educação para uma melhor compreensão sobre os motivos
que podem estar por trás de possíveis adoecimentos mentais do grupo focal deste estudo já
mencionado. Além disso, houve uma busca de dados no campo (UnB) através de um
questionário online feito através da plataforma do Google – Google Formulários,
disponibilizado em grupos de redes sociais (WhatsApp e Facebook) formados por estudantes
de Serviço Social. Através de determinados métodos de pesquisa, foi-se encontrado resultados
que confirmaram a hipótese deste trabalho que dizia que, de fato as condições contemporâneas da vida social potencializa, ou causa, adoecimento mental nos/as estudantes de Serviço Social
da Universidade de Brasília. |