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Título: Perfil da automedicação em pacientes transplantados renais atendidos em ambulatório de um hospital universitário do Distrito Federal : um estudo piloto
Autor(es): Carvalho, Cleyciane Geisy dos Santos
Orientador(es): Galato, Dayani
Coorientador(es): Soares, Letícia Santana da Silva
Assunto: Transplante de órgãos, tecidos, etc.
Automedicação
Analgésicos
Interação medicamentosa
Data de apresentação: 3-Dez-2019
Data de publicação: 29-Jul-2020
Referência: CARVALHO, Cleyciane Geisy dos Santos. Perfil da automedicação em pacientes transplantados renais atendidos em ambulatório de um hospital universitário do Distrito Federal : um estudo piloto. 2019. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Introdução: A automedicação é a seleção e o uso de medicamentos por indivíduos para tratar doenças ou sintomas autorreconhecidos. Sendo assim, é considerada como parte do autocuidado, mas realizada de forma irracional traz graves prejuízos. O transplante renal é um dos tratamentos para a doença renal crônica, esse tratamento necessita do uso de imunossupressores por toda a vida. Objetivo: Avaliar a prevalência e o perfil dos medicamentos usados por automedicação, o uso de plantas medicinais e as possíveis interações com os imunossupressores. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo de desenho transversal desenvolvido no serviço de farmácia clínica do ambulatório da Unidade de Transplante do Hospital Universitário de Brasília. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com os pacientes, sendo arguidos sobre a prática de automedicação, incluindo uso de plantas, suplementos alimentares e vitaminas após o transplante e uso de medicamentos sem prescrição nos últimos quinze dias anteriores a entrevista. Resultados: Participaram desse estudo 10% dos pacientes atendidos, sendo composta por 70% do sexo masculino, com média de idade 43,1 anos (± 11,2) e com média de medicamentos 8,6 (± 3,0). Destes 85,0% assumiram se automedicar após o transplante e 60% nos últimos quinze dias. Os medicamentos mais utilizados foram os analgésicos, e os prevalentes dessa classe foram a dipirona e o paracetamol. Foi relatada a interação medicamentosa do imunossupressor, ciclosporina, com a dipirona, tendo como consequência a diminuição sérica do imunossupressor. Dos entrevistados 45,0% relataram consumir plantas medicinais, contudo sem haver descrição de interações com os imunossupressores adotados. Não houve relato de suplementos ou vitaminas por automedicação. Conclusão: Como piloto a forma de abordagem mostrou-se adequada aos objetivos da pesquisa, além disso, existe ainda a necessidade da realização de estudos clínicos direcionados a esta população, para estabelecer quais são as alternativas seguras em casos de doenças autolimitadas. Mas esse estudo demonstra que a automedicação é frequente e precisa ser acompanhada para evitar possíveis complicações.
Abstract: Introduction: Self-medication is a selection and use of medication by individuals to treat self-recognized illness or symptoms. Thus, considered as part of self-care, but performed irrationally brings serious damage. Kidney transplantation is one of the treatments for chronic kidney disease, this treatment can use the use of lifelong immunosuppressants. Objective: To evaluate the prevalence and profile of drugs used by automatic application, the use of medicinal plants and possible interactions with immunosuppressants. Methods: A descriptive cross-sectional study was conducted at the outpatient clinic pharmacy service of the Transplant Unit of the University Hospital of Brasilia. Data collection was conducted through an interview with patients, and a practice of automatic application was discussed, including use of plants, dietary supplements and vitamins after transplantation and use of nonprescription drugs in the last 15 days prior to the interview. Results: Participated in this study 10% of the patients attended, consisting of 70% male, with a mean age of 43.1 years (± 11.2) and a median of drugs 8.6 (± 3.0). Of these 85.0% is automatically assumed after transplantation and 60% in the last two weeks. The most commonly used drugs were analgesics and the prevalent drugs in this class were dipyrone and acetaminophen. It was related to the drug interaction of the immunosuppressant cyclosporine with dipyrone, resulting in a serum decrease of the immunosuppressant. Of the respondents 45.0% reported consuming medicinal plants, but without description of interactions with the adopted immunosuppressants. There were no reports of supplements or vitamins by self-medication. Conclusion: As the pilot performs a form of approach shown, if it is appropriate to the research objectives, in addition, there is still a need to conduct clinical studies directed to this population, to define what are the safety alternatives in cases of self-limiting diseases. But this study demonstrates that automatic application is frequent and needs to be followed to avoid possible complications.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2019.
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