Título: | Utopia revisitada : a crítica de Brasília em Mário Pedrosa e James Holston |
Autor(es): | Lira, Lucas Silva de |
Orientador(es): | Mari, Marcelo |
Assunto: | Arquitetura moderna Modernismo (Arte) Brasília (DF) |
Data de apresentação: | Jul-2018 |
Data de publicação: | 21-Jul-2020 |
Referência: | LIRA, Lucas Silva de. Utopia revisitada: a crítica de Brasília em Mário Pedrosa e James Holston. 2018. 65 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Teoria, Crítica e História da Arte)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | Quando se pensa a estreita associação que existe entre Brasília e a arquitetura moderna brasileira é inevitável evocar a utopia como elemento discursivo fundamental da retórica modernista. Por isso, a crítica que Mário Pedrosa elabora acerca da nova capital cobra atenção redobrada, tanto pelo seu valor intelectual e histórico quanto por sua perspectiva alinhada ao espírito da época, o espírito do plano. Certamente, é inadequado contrapor-lhe uma visão oposta e situada em outro contexto tantos anos depois. No entanto, viria ao caso cotejar a sua apologia com um ponto de vista mais metódico e contemporâneo, através do qual a experiência local seja evidenciada em todas as suas particularidades e contradições. Em vista disso, o antropólogo norte-americano James Holston, com o propósito de realizar um estudo sobre a formação de uma sociedade moderna, avistou na capital do Brasil durante a década de 1980 a oportunidade de reconstruir sua utopia por meio de uma crítica etnográfica. E justamente esse olhar estrangeiro e instrumentalizado é o escolhido aqui para contextualizar as expectativas utópicas de Mário Pedrosa em relação à nova cidade, que deveria personificar a racionalização e o avanço de nosso país rumo a um horizonte mais claro e coerente. A utopia estética que então se aproximava de Brasília apostava duplamente na ideia de uma síntese das artes possibilitada pela arquitetura moderna e na suplantação do subdesenvolvimento que nos acorrentava. E dessa aposta hoje acumulamse indícios em função dos quais ponderar os resultados da nova construção no Brasil. |
Abstract: | When we think about the close association between Brasilia and modern Brazilian architecture, it is inevitable to evoke utopia as a fundamental discursive element of modernist rhetoric. For this reason, the criticism that Mário Pedrosa elaborates about the new capital receives increased attention, both for its intellectual and historical value and for its perspective aligned with the spirit of the time, the spirit of the plan. Of course, it is inappropriate to oppose an different view in another context so many years later. However, it seems to be interesting to compare his apology with a more methodical and contemporary point of view, through which local experience is evidenced in all its particularities and contradictions. In view of this, the American anthropologist James Holston, with the purpose of conducting a study on the formation of a modern society, saw in the capital of Brazil during the 1980's the opportunity to reconstruct its utopia through an ethnographic critique. And precisely this foreign and instrumentalized look is the one chosen here to contextualize Mário Pedrosa's utopian expectations of the new city, which must impersonate the rationalization and advancement of our country towards a clearer and more coherent horizon. The aesthetic utopia that then had approached Brasilia doubly bet on the idea of a synthesis of the arts made possible by modern architecture and the overcoming of the underdevelopment that chained us. And from this bet, evidence is accumulating today in order to consider the results of the new construction in Brazil. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais, 2018. |
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Aparece na Coleção: | Teoria, Crítica e História da Arte
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