Título: | Microcefalia pelo vírus Zika : epidemiologia e gestão da assistência – 2015/2018 |
Autor(es): | Silva, Cristiano Torres |
Orientador(es): | Barbosa, Luiza de Marilac Meireles |
Assunto: | Microcefalia Zika vírus Políticas públicas - saúde Saúde pública Assistência médica Epidemiologia |
Data de apresentação: | 6-Dez-2018 |
Data de publicação: | 28-Mar-2020 |
Referência: | SILVA, Cristiano Torres. Microcefalia pelo vírus Zika: epidemiologia e gestão da assistência – 2015/2018. 2018. 84 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A transmissão do vírus Zika (VZIK) foi notificada no Brasil, no primeiro semestre de 2015, e posteriormente surgiu um número crescente de nascimentos com microcefalia, representando um grande desafio emergente de saúde pública, deixando a população em estado de alerta, em especial as mulheres gestantes e suas famílias. Objetivo Geral: Estudar a situação epidemiológica e as estratégias políticas de atenção aos casos de microcefalia e alterações no crescimento e desenvolvimento relacionadas à infecção pelo VZIK e outras etiologias infecciosas (MACDEZI), por Unidade Federada (UF), no Brasil, de 2015 até a Semana Epidemiológica (SE) 30 de 2018. Objetivos Específicos: 1) descrever a situação dos casos notificados, excluídos, em investigação, confirmados, prováveis, descartados e inconclusivos; 2) quantificar as coberturas da assistência aos casos da MACDEZI, em relação à puericultura, estimulação precoce e atendimento especializado. MÉTODOS: Pesquisa de cunho descritivo com estratégia quanti-qualitativa. Os dados foram obtidos de Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde, além de documentos técnicos de organismos oficiais de saúde e de artigos científicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período estudado, foram notificados 16.348 casos suspeitos da MACDEZI, dos quais 3.226 (19,7%) foram confirmados. As UF que responderam pelos maiores números de casos confirmados foram a Bahia (16,9%, n=544) e Pernambuco (14,1%, n=456). As coberturas específicas por cada um dos tipos de cuidados preconizados no país foram: 1) puericultura (60,9%, n=1.693), 2) estimulação precoce (35,3%, n=980), 3) atendimento especializado (63,4%, n=1.761). CONSIDERAÇÕES FINAIS: No Brasil, após o rápido crescimento do número de casos da MACDEZI, de 2015 para 2016, ocorreu progressiva redução desse número, nos anos subsequentes de 2016, 2017 e 2018 (este último ano até a SE 30), respectivamente, 1.903, 304 e 53 casos. Esse decréscimo de casos, possivelmente, refletiu as eficientes medidas de intervenção tomadas. Entretanto, torna-se importante o país continuar em estado de alerta, já que a MACDEZI trata-se de um evento de importante transcendência e de alto potencial epidêmico, afetando especialmente as populações mais carentes com mais dificuldades de acesso aos serviços de saúde. |
Abstract: | INTRODUCTION: Zika virus (VZIK) transmission was reported in Brazil in the first half of 2015, and a growing number of births with microcephaly emerged, representing a major emerging public health challenge, leaving the population on alert, especially pregnant women and their families. Objective: To study the epidemiological situation and the political strategies of attention to cases of microcephaly and changes in growth and development related to infection by VZIK and other infectious etiologies (MACDEZI), by Federated Unit (UF) in Brazil, from 2015 to Epidemiological Week (SE) 30 of 2018. Specific Objectives: 1) to describe the situation of notified, excluded, investigated, confirmed, probable, discarded and inconclusive cases; 2) to quantify the coverage of assistance to the cases of MACDEZI, in relation to childcare, early stimulation and specialized care. METHODS: Descriptive research with quantitative-qualitative strategy. Data were obtained from Epidemiological Bulletins of the Ministério da Saúde, as well as technical documents from official health agencies and scientific articles. RESULTS AND DISCUSSION: During the study period, 16,348 suspected MACDEZI cases were reported, of which 3,226 (19.7%) were confirmed. The UF that answered the largest number of confirmed cases were Bahia (16.9%, n=544) and Pernambuco (14.1%, n=456). The specific coverages for each of the types of care recommended in the country were: 1) childcare (60.9%, n=1,693), 2) early stimulation (35.3%, n=980), 3) specialized care, (63.4%, n=1,761). FINAL CONSIDERATIONS: Following the rapid growth in the number of MACDEZI cases from 2015 to 2016 in Brazil, there was a progressive reduction in the of cases in 2016, 2017 and 2018 to SE 30, respectively, 1,903, 304 and 53 cases. This decrease in cases possibly reflected the efficient intervention measures taken. However, it is important for the country to remain in a state of alert, since MACDEZI is an event of significant transcendence and high epidemic potential, especially affecting the poorest populations with more difficulties accessing health services. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2018. |
Aparece na Coleção: | Saúde Coletiva - Campus UnB Ceilândia
|