Resumo: | A crise convulsiva na infância é um dos principais sintomas apresentados por crianças pequenas atendidas em situação de urgência nos hospitais, sendo importante o reconhecimento das suas principais características para uma adequada assistência de enfermagem. OBJETIVO: Analisar os estudos sobre crise convulsiva febril na infância publicados nos últimos 10 anos. MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), utilizando-se os Descritores em Saúde (DECS) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Brasil: Convulsões febris, febrile seizure, criança, children, enfermagem e nursing. Para o cruzamento, foi utilizado o operador boleano “OR” e/ou “AND”. RESULTADOS: Dos 371 estudos encontrados, 05 foram incluídos no trabalho. A análise dos estudos permitiu identificar que a idade de 06 meses a 06 anos é o período em que a crise é mais comum com fator etiológico principalmente infeccioso, sendo 18 meses a idade pico para ocorrer uma primeira crise. Os estudos apontam como principais sinais e sintomas a perda da consciência, contração generalizada (tônico-clônica) ou focal, dispneia, sialorreia, cianose e giro dos olhos para cima, sendo recomendado o tratamento dirigido à infecção presente com antibióticos e antipiréticos, mantendo a criança confortável. Com ênfase nas atividades de enfermagem ressalta-se a necessidade de uma anamnese detalhada e precisa, exame físico para descartar outros diagnósticos e identificar a causa da febre, além de tranquilizar pais e/ou parentes das crianças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Enfermeiros são frequentemente os primeiros profissionais da saúde a se deparar com um criança depois de um episódio de CF, logo tem um papel importante no manejo da crise e no apoio às crianças e suas famílias. Apenas 2 dos 5 artigos analisados são de autoria de profissionais de enfermagem, refletindo a escassez de produção científica da enfermagem nessa área, e da necessidade de investigação das possibilidades de aprimoramento de intervenções, elaboração de intervenções mais efetivas tanto para o tratamento quanto para a prevenção de reincidências, além da elaboração e testagem de diferentes instrumentos e tecnologias que possam potencializar a educação e orientações dos familiares. |