Resumo: | O contato com as diferentes formas de sexismo, machismo, homofobia, lesbofobia e transfobia, presentes na sociedade capitalista, patriarcal e heterocentrada em que vivemos, motivou uma investigação mais aprofundada a respeito da influência que a educação e, mais especificamente, a Educação Física, tem sobre as relações humanas identitárias em fase escolar, acarretando na formação/afirmação do pensamento/atitude do indivíduo adulto. A EF carrega consigo um estigma de reprodutora de corpos saudáveis e disciplinados, onde os padrões estéticos e comportamentais seguem receitas restritas de referência, como nos demais setores da sociedade, focadas no homem, branco, viril, cisgênero e heterossexual. Tudo o que extrapolar essas referências, possivelmente, está fadado à discriminação e exclusão. Portanto, a relevância desse componente curricular se encontra no ponto em que é facilitador de processos de emancipação e autonomia. A partir de uma revisão de literatura busco investigar que fatores influenciam a formação/atuação das identidades, na construção e/ou reprodução de estereótipos de gênero, principalmente em aulas de EF, entendendo esta disciplina como importante ferramenta formativa nas questões de gênero. A transcendência crítica da esteriotipia sexual e do pensamento binário possibilita o surgimento de novas estratégias metodológicas e intervenções mais adequadas às demandas da sociedade contemporânea. Assim como a orientação de atividades físicas para corpos sem denominações preestabelecidas, com possibilidades infinitas de descoberta e autoafirmação. A partir desse trabalho, as metodologias e estratégias pedagógicas se evidenciaram, assim como as (in)visibilidades das identidades de gênero, demonstrando certo despreparo para lidar com tais questões nos espaços escolares. Necessitando, dessa maneira, de espaços formativos extracurriculares e da inclusão de formação adequada no currículo. |