Resumo: | O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) refere-se a um conjunto de distúrbios metabólicos marcado pela hiperglicemia, decorrente de deficiência e/ou resistência à ação de insulina. Caracterizada pela desregulação no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Muitas das evidências da efetividade dos anti-hiperglicemiantes são provenientes de estudos conduzidos com populações diferentes da brasileira e o conhecimento é ainda escasso sobre a real efetividade desses fármacos no paciente diabético no Brasil. O objetivo desta revisão de literatura foi caracterizar os estudos clínicos envolvendo os anti-hiperglicemiantes, conduzidos com pacientes brasileiros com DM2, para extrair características demográficas, clínicas, bioquímicas, efeitos adversos, e verificar os resultados relativos ao controle metabólico com as recomendações de diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e da Associação Americana de Diabetes (ADA). Para isso, foi realizada pesquisa nas bases de dados, Pubmed, Scopus, Web of Science e Cochrane. Por meio da análise dos estudos, foi observado que a metformina associada a outras classes de anti-hiperglicemiantes é comumente utilizada no tratamento de pacientes com DM2, com efetividade sobre o controle glicêmico semelhante à descrita em estudos envolvendo outras populações. Em relação aos trabalhos envolvendo as insulinas, foram avaliadas a NPH, glargina, também com efetividade semelhante à descrita na literatura para outras populações. Os parâmetros avaliados, nos ensaios clínicos, foram a massa corporal, perfil lipídico e glicêmico. A maioria dos trabalhos realizados nessa temática tiveram um número amostral pequeno com seguimento por um curto período. Futuras pesquisas são necessárias para o desenvolvimento e condução de pesquisas clínicas com maior robustez e acompanhamento a longo prazo, para determinação do perfil desses pacientes, impacto no sistema de saúde e direcionamento de intervenções. |