A relação do medo odontológico com a qualidade de vida em escolares do Paranoá-DF

Abstract

Objetivo: Avaliar o impacto do medo odontológico na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares. Metodologia: Este estudo transversal foi realizado com crianças de 6 a 8 anos do Paranoá-DF, em que a qualidade de vida foi avaliada por questionário CPQ8-10, o medo odontológico infantil por uma pergunta única e a cárie dentária pelo Caries Assessment Spectrum and Treatment (CAST). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples, teste T e a Regressão de Poisson para análise multivariada. Resultados: A maioria das crianças foram do sexo feminino (60%) e com 7 anos de idade (53,85%). A prevalência de medo odontológico foi de 28,46% e este apresentou associação com o escore médio do CPQ8-10 (p=0,04), enquanto escolaridade materna e renda familiar não apresentaram associação estatisticamente significante. Apesar de 59,55% das crianças possuírem dentes cariados, não houve associação estatisticamente significante com o escore médio do CPQ8-10. O medo odontológico esteve associado com o escore geral do CPQ8-10, e com os domínios de sintomas orais, limitação funcional e bem-estar social na análise bruta, mantendo-se associado ao escore geral e ao bem-estar social na análise ajustada. Conclusão: O medo odontológico impacta de forma negativa na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de escolares.