A influência da nutrição e a atuação da leptina, kisspeptina e grelina no ciclo reprodutivo da égua

Abstract

Os equinos são animais monogástricos herbívoros que obtém os nutrientes necessários de plantas de diferentes espécies e em diferentes estádios de desenvolvimento. A domesticação do equino pelo homem acabou levando a alterações de manejo e alimentação devido à necessidade de adaptação dos animais a novos exercícios e condições limitantes impostas a estes pelo homem. Estas modificações trouxeram variados empecilhos, assim como diversos avanços, e novas possibilidades. Um dos avanços alcançados através da mudança alimentar imposta aos equinos mediante o fornecimento de alimentos concentrados é a possibilidade de melhor eficiência reprodutiva. As éguas são fotoperiódicas positivas poliéstricas estacionais, naturalmente entrando em anestro nos meses de inverno, em regiões afastadas da linha do Equador. Estudos indicam que éguas com bom índice de escore corporal não entram em anestro nesse período, oferecendo a possibilidade de reprodução ao longo de todo o ano sem a necessidade de aplicação de hormônios exógenos. A correlação entre nutrição e reprodução equina vem sendo cada vez mais estudada, e os mecanismos de ação de diversos fatores atuantes nessa correlação como a leptina, kisspeptina e grelina vem sendo elucidados. A presente revisão traz informações acerca da interação entre nutrição e reprodução equina e os três mais importantes peptídeos atuantes nessa correlação: leptina, kisspeptina e grelina.