Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/19941
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2017_FláviaSantanaLima.pdf2,09 MBAdobe PDFver/abrir
Título: Diagnóstico laboratorial de raiva no Distrito Federal
Autor(es): Lima, Flávia Santana
Orientador(es): Costa, Ligia Maria Cantarino da
Assunto: Zoonoses
Cão - doenças
Gato - doenças
Vigilância epidemiológica
Data de apresentação: 12-Dez-2017
Data de publicação: 17-Abr-2018
Referência: LIMA, Flávia Santana. Diagnóstico laboratorial de raiva no Distrito Federal. 2017. xii, 39 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: Cerca de 59 mil pessoas morrem por ano devido a raiva, a maioria infectada por cães nos continentes africano e asiático. No Brasil, apesar da diminuição de casos no ciclo urbano, a raiva ainda é uma doença presente, tendo o morcego como principal transmissor e causando mortalidade humana principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Neste trabalho, é apresentada uma revisão de literatura e estudo descritivo sobre os diagnósticos de raiva realizados na DIVAL/DF. Foi verificado o perfil clínico e epidemiológico dos cães e gatos enviados para diagnóstico no ano de 2017. Para a revisão de literatura foram pesquisados sites institucionais e acadêmicos, documentos técnicos, artigos científicos, teses e livros pertinentes ao assunto. Para a descrição e avaliação do diagnóstico de raiva e o perfil dos animais encaminhados para diagnóstico na DIVAL foram utilizados o banco de dados do Laboratório de Diagnóstico de Raiva, com registros dos anos de 2012 a 2017, e as Fichas de Identificação Animal. No banco de dados foram identificados 6.388 diagnósticos realizados durante todo o período, provenientes do DF e de outros estados como Goiás, Tocantins e Rondônia. Foi observado uma diminuição de exames diagnósticos com o decorrer dos anos. Vinte e seis amostras tiveram resultados positivos, sendo treze provenientes do DF, de oito diferentes regiões administrativas, ocorrendo em animais de produção e morcegos. Em todos os anos houveram descrições de amostras enviadas de forma inadequada para diagnóstico, sendo que em 2017, das duzentos e quarenta e duas amostras enviadas, dezesseis não continham fragmentos específicos importantes para diagnóstico, sete estavam em estado de decomposição e duas vieram acondicionadas de forma imprópria. De 2012 a 2017, 3,7% dos animais enviados para diagnóstico tinham histórico de contactantes (com vítima), sendo a maioria cães. Foram analisadas quarenta e nove Fichas de Identificação dos cães e gatos diagnosticados em 2017, sendo que três fichas não foram encontradas. 73,1% dos animais foram considerados como tendo histórico de vínculo suficiente para justificar o diagnóstico de raiva, e 26,9% não tiveram esse vínculo comprovado. Pode-se concluir que os quirópteros se tornaram os agentes mais importantes na transmissão da raiva, e a vigilância e controle da doença deve levar em consideração essa mudança epidemiológica. Os diagnósticos em cães e gatos devem ser feitos somente quando há realmente suspeita clínica e epidemiológica, e estratégias como o envio de 0,2% da população canina para diagnóstico de raiva, para vigilância epidemiológica, devem ser revistas, pois gastos públicos e utilização de animais de laboratório podem estar sendo feitos de forma injustificada. Deve haver maior treinamento e cuidado no momento de colheita e transporte de amostras para o diagnóstico de raiva. A DIVAL deve aprimorar o arquivamento e registros de dados para melhor acesso e análise. É essencial que haja maior reconhecimento por parte da população e dos órgãos governamentais quanto a importância dos serviços de vigilância ambiental para a saúde pública do DF, e que haja sempre investimentos e revisões de normativas para efetivar e aprimorar esses serviços.
Abstract: About 59 thousand people die every year due to rabies, having the majority been infected by dogs and in the African and Asian continents. In Brazil, despite the decrease in cases in the urban cycle, rabies is still a present disease, having bats as its main transmitters and causing human mortality mainly in North and Northeast regions. This paper presents a literature review and descriptive study on the rabies diagnoses performed by DIVAL/DF. The clinical and epidemiological profiles of the dogs and cats sent for diagnosis in 2017 were analyzed. Institutional and academical websites, technical documents, scientific articles, theses, and relevant books on the subject were surveyed for the literature review. For the description and assessment of the rabies diagnosis and of the profile os the animals that were referred for diagnosis at the DIVAL, the Rabies Diagnosis Laboratory databank, with records from 2012 to 2017, and the Animal Identification Forms. On the databank, 6.388 diagnoses were identified within the time period, coming from DF and from other states such as Goiás, Tocantins, and Rondônia. A decrease in diagnoses over the years was observed. Twenty-six samples had positive results, being thirteen from DF, from eight administrative regions, from livestock and bats. In all years there were descriptions of improperly submitted samples for diagnosis. In 2017, from the two hundred and forty-two samples, sixteen did not contain specific fragments important for diagnosis, seven were in decomposition, and two were improperly packed. From 2012 to 2017, 3.7% of the animals sent for diagnosis had a history of contact (with the victims), being dogs the majority. Forty-nine Identification Forms of the diagnosed dog and cats in 2017 were analyzed, although three forms were not found. 73.1% of the animals were considered as having sufficient contact history to justify the rabies diagnosis, and 26.9% did not have any confirmed contact. We can conclude that chiropterans have become the most relevant agents in the transmission of rabies, and the surveillance and control of the disease must consider this epidemiologic change. Diagnoses in dogs and cats must be done only when there is actual clinical suspicion of rabies, and strategies such as sending 0.2% of the canine population for diagnosis should be revised, because this use of public resources and experimental animals may be unjustified. There must be better training and care in the moment of sample collection and transportation for rabies diagnosis. The DIVAL must improve its record-filing for better access and assessment. It is essential that there is better recognition from the population and governmental agencies of the importance of environmental surveillance for public health in Df, and that there are more investments and reviews of regulatory frameworks to accomplish and improve these services.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2017.
Aparece na Coleção:Medicina Veterinária



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons