Título: | A cobertura jornalística da violência contra as mulheres : uma análise das mudanças trazidas pelas leis do feminicídio e Maria da Penha |
Autor(es): | Monteiro, Ana Luiza de Carvalho |
Orientador(es): | Machado, Liliane Maria Macedo |
Assunto: | Lei Maria da Penha Feminicídio Mulheres - violência Análise de conteúdo (Comunicação) |
Data de apresentação: | 8-Fev-2017 |
Data de publicação: | 12-Mar-2018 |
Referência: | MONTEIRO, Ana Luiza de Carvalho. A cobertura jornalística da violência contra as mulheres: uma análise das mudanças trazidas pelas leis do feminicídio e Maria da Penha. 2017. 86 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumo: | Esta pesquisa busca analisar como o jornal impresso O Estado de São Paulo retratou a violência contra as mulheres, de junho a novembro de 2006 e de janeiro a junho de 2015. O período inclui o mês de sanção das leis Maria da Penha e do Feminicídio e os cinco meses adjacentes a cada uma, totalizando 14 conteúdos em doze meses de análise. O material foi investigado pela metodologia da análise de conteúdo, com o auxílio das hipóteses do agenda setting, framing e dos preceitos teóricos do feminismo e da Criminologia Crítica. Observou-se que antes da Lei Maria da Penha a violência contra as mulheres raramente era abordada pelo jornal, e uma reportagem explicando as mudanças trazidas pela legislação só veio cerca de dois meses após a sanção do novo texto. Nove anos depois, após a criação da Lei do Feminicídio, o jornal publicou reportagens com especialistas, analisando o contexto sócio-histórico do feminicídio, sendo que a primeira dessas reportagens foi publicada logo que o projeto de lei foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. Contudo, em ambos os períodos analisados, o Estado de São Paulo publicou notas policiais sensacionalistas, com uso de linguagem chula e reforçando estereótipos como o crime passional cometido por um homem inconformado e a culpabilização da vítima. |
Abstract: | This research aims to analyze how the Estado de São Paulo newspaper depicted violence against women from July to November 2006 and from January to June 2015. This period encompasses the months in which the Maria da Penha and Femicide laws were sanctioned, as well as the five months surrounding each law approval, totalizing 14 publications in twelve months of analysis. The material was inspected using the content analysis method, assisted by the agenda-setting hypothesis, framing, and theoretical precepts of feminism and Critical Criminology. It was observed that before the Maria da Penha law, violence against women was rarely addressed by the newspaper. Furthermore, a news report detailing the changes made by the legislation was only published two months after the new decree. Nine years later, after the Femicide law creation, the journal published reports with specialists, analyzing the femicide's socio-historical context. One of the said reports was published right after the bill was approved by the Chamber of Deputies. However, in both analyzed periods, the Estado de São Paulo newspaper published sensationalist police notes, utilizing foul language and reinforcing stereotypes like victim blaming and crimes of passion committed by indignant men. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Jornalismo, 2017. |
Aparece na Coleção: | Comunicação - Jornalismo
|