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Título: Dengue e desigualdades socioespaciais no Distrito Federal, Brasil
Autor(es): Silveira, Bruna Drumond
Orientador(es): Gurgel, Helen da Costa
Coorientador(es): Ramalho, Walter Massa
Assunto: Dengue
Desigualdade social
Data de apresentação: 5-Dez-2016
Data de publicação: 1-Fev-2018
Referência: SILVEIRA, Bruna Drumond. Dengue e desigualdades socioespaciais no Distrito Federal, Brasil. 2016. 112 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: A dengue tem sido um recorrente problema de Saúde Pública no Brasil. Trata-se de uma doença viral encontrada em toda zona tropical e subtropical do globo, em áreas urbanas e periurbanas. O aumento da incidência global de dengue nas últimas décadas está relacionado ao rápido crescimento da população e do acelerado processo de urbanização. O principal vetor do vírus da dengue é o Aedes aegypti, que está adaptado ao ambiente urbano e sua alta concentração populacional. Os fatores que podem influenciar uma epidemia de dengue variam de acordo com o contexto espacial. Assim, o objetivo geral dessa pesquisa é analisar a relação entre a dengue e as desigualdades socioespaciais no Distrito Federal (DF) por meio de análises espaciais e de indicadores socioambientais relacionados a essa doença. Primeiramente, foi feita uma revisão de literatura sobre Geografia e Saúde, processo de urbanização e produção do espaço urbano, desigualdades e iniquidades em saúde e fatores socioespaciais relacionados à dengue. Em seguida foram adquiridos e organizados em Sistemas de Informações Geográficas (SIG) dados de dengue, as áreas de abrangência de centros de saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF) e variáveis do Censo Demográfico 2010. As metodologias adotadas foram a construção de mapas do número de casos e das taxas de incidência, a análise geoestatística do Índice Global e Local de Moran e a construção de mapas temáticos dos indicadores socioambientais. Os resultados apontaram que há uma recorrência das áreas com os maiores números de casos e maiores taxas ao longo do período estudado e que há altas taxas de incidência também em áreas rurais. Os resultados do Índice Global de Moran demonstraram que nos anos epidêmicos as taxas de incidência de dengue possuem um padrão agrupado. Nos demais anos, não há autocorrelação espacial e a distribuição é aleatória. Os resultados do Índice Local de Moran permitiram avaliar essa autocorrelação espacial dos anos epidêmicos, por meio da geração dos mapas de Moran Local, que permitiram a localização de áreas com agrupamentos significantes. A partir dos mapas dos indicadores socioambientais foi possível constatar que nas áreas urbanas os indicadores que mais estiveram relacionados à dengue foram um baixo rendimento médio mensal associado a um alto número de pessoas por domicílio. Já nas áreas rurais, os indicadores mais relacionados foram o percentual de domicílios sem abastecimento de água. Pode-se concluir que, no DF, a dengue está distribuída de maneira desigual, atingindo mais as áreas com menor renda e menor acesso à infraestrutura urbana.
Abstract: Dengue fever has been a recurrent problem of Public Health in Brazil. It is a viral disease found in every tropical and subtropical area of the globe, in urban and peri-urban areas. The increase of global incidence of dengue in the last decades is related to rapid population growth and an accelerated urbanization process. The main vector of the dengue virus is Aedes aegypti, which is adapted to the urban environment and its high population density. The factors that can influence a dengue epidemic varies according to the spatial context. Thus, the main objective of this research is to analyze the relationship between dengue and socio-spatial inequalities in the Federal District (DF), Brazil, using spatial analyzes and socioenvironmental indicators related to this disease. First of all, it was performed a literature review about Health Geography, process of urbanization and production of urban space, inequalities and inequities in health and socio-spatial factors related to dengue. Then, dengue data was acquired and organized in Geographic Information Systems (GIS). The same was done with the areas covered by health centers of the State Health Department (SES-DF) and variables of the Demographic Census 2010. The methodologies used to analyse these datas were the elaboration of maps of the number of cases and incidence rates, the geostatistical analysis of the Global and Local Moran Indexes and the construction of thematic maps of socio-environmental indicators. The results showed a recurrence of areas with the highest number of cases and highest rates throughout the studied period. The results also showed there were high incidence rates in rural areas. The results of the Global Moran Index showed that in epidemic years dengue incidence rates had a clustered pattern. In the other years, there are no spatial autocorrelation and the distribution is random. The Local Moran Index results allowed to evaluate this spatial autocorrelation of the epidemic years, through the Local Moran maps, which allowed the identification of areas with significant clusters. About the socioenvironmental indicators, it was possible to verify that in the urban areas the indicators that were most related to dengue were the low average monthly income associated with a high number of people per household. In rural areas, the most related indicators were the percentage of households with no water supply. The conclusions are that, in DF, dengue is unevenly distributed, reaching more areas with lower income and less access to urban infrastructure.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, 2016.
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