Título: | Tratamento medicamentoso e qualidade de vida, determinada pelo instrumento SF-36, em pacientes portadores de Diabetes Mellitus |
Autor(es): | Santos, Igor Montefusco dos |
Orientador(es): | Amato, Angélica Amorim |
Assunto: | Doenças crônicas Diabetes - tratamento Medicamentos - interações Pacientes - qualidade de vida |
Data de apresentação: | 24-Nov-2017 |
Data de publicação: | 15-Dez-2017 |
Referência: | SANTOS, Igor Montefusco dos. Tratamento medicamentoso e qualidade de vida, determinada pelo instrumento SF-36, em pacientes portadores de Diabetes Mellitus. 2017. 57 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumo: | Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) representa uma doença crônica, de fisiopatologia complexa e incompletamente compreendida, marcada por desbalanço no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. O controle metabólico adequado, que inclui controle glicêmico, do perfil lipídico, da pressão arterial e do peso, é fundamental à redução da morbimortalidade associada à doença. A não adesão ao tratamento medicamentoso tem estreita relação com a possível falha terapêutica em doenças crônicas. Fatores incluindo a baixa compreensão do paciente sobre a prescrição, custo elevado do tratamento e a dificuldade para obtenção de medicamentos pelo serviço público de saúde são alguns dos fatores que podem interferir na baixa adesão do paciente. Sabe-se que os medicamentos disponíveis atualmente para tratamento da hiperglicemia, denominados anti-hiperglicemiantes, são suficientes para obtenção de controle glicêmico adequado. Neste cenário, um questionamento importante é por que não é possível traduzir os benefícios observados em estudos clínicos de tratamento do DM2 para a prática clínica. O objetivo deste estudo foi de traçar um perfil das potenciais dificuldades encontradas, pelos pacientes, para o tratamento adequado do DM2, relacionando com a adesão ao tratamento medicamentoso e a qualidade de vida, bem como investigar possíveis interações medicamentosas que dificultem o controle glicêmico. Métodos e resultados: Para isso, foram entrevistados pacientes acompanhados no Grupo de Diabetes do Hospital Universitário para coleta de informações demográficas, clínicas, relativas à adesão terapêutica e qualidade de vida. A principal dificuldade encontrada para o cumprimento da terapia foi a falta dos medicamentos no Sistema Único de Saúde. A maioria dos pacientes afirmou ter compreendido a prescrição e ter recebido instruções sobre a correta utilização dos medicamentos, porém foi possível perceber que as informações referentes às reações adversas aos medicamentos ainda são negligenciadas pelos profissionais de saúde. Também foi possível verificar que os pacientes tinham em média 1,5 possíveis interações medicamentosas no tratamento utilizado e que apenas 12% apresentavam alta adesão ao tratamento medicamentoso de acordo com o teste MMAS-8. Correlacionando as variáveis levantadas com o a escala de qualidade de vida SF-36 foi constado que pacientes que ganhavam mais de quatro salários mínimos apresentaram melhores pontuações referentes aos domínios limitações por aspectos físicos, capacidade funcional e dor da escala de qualidade de vida SF-36 e que pacientes com baixa adesão ao tratamento farmacológico apresentaram pontuação significativamente inferior no domínio limitação por aspectos físicos. Conclusão: Os resultados indicam que os pacientes receberam poucas informações a respeito dos potenciais efeitos adversos dos fármacos e que a adesão terapêutica foi baixa e correlacionada negativamente com a qualidade de vida. Desta forma, é possível que estratégias para melhorar a adesão terapêutica impactem positivamente na efetividade do tratamento e também na qualidade de vida dos pacientes. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento em Farmácia, 2017. |
Aparece na Coleção: | Farmácia - Campus Darcy Ribeiro
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