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Título: Impactos das mudanças climáticas na saúde pública do Distrito Federal em relação à dengue
Autor(es): Murta, Johnny Rodrigues de Melo
Orientador(es): Abreu, Lucijane Monteiro de
Assunto: Mudanças climáticas
Distrito Federal (DF) - saúde pública
Dengue
Aedes aegypti
Data de apresentação: 30-Jun-2017
Data de publicação: 16-Nov-2017
Referência: MURTA, Johnny Rodrigues de Melo. Impactos das mudanças climáticas na saúde pública do Distrito Federal em relação à dengue. 2017. 57 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2017.
Resumo: Este trabalho busca conhecer os impactos das mudanças climáticas na saúde pública do Distrito Federal, com foco na Dengue. Essas mudanças climáticas, consequência do aquecimento global, representam uma grande ameaça considerando a incerteza que trazem para o futuro do planeta. As previsões para o Distrito Federal, área com sazonalidade atualmente bem definida, apontam que os períodos de seca serão mais longos e os eventos pluviométricos serão mais extremos e concentrados em curtos períodos, devido às alterações no clima. Os efeitos dessas mudanças já são percebidos mundialmente, principalmente no meio ambiente, consequentemente afetando a saúde humana. A Dengue é a doença viral transmitida por mosquito mais rapidamente disseminada no mundo. É uma doença de difícil controle, devido à sua epidemiologia e características do seu vetor, o Aedes aegypti. As variáveis climáticas, como precipitação, umidade relativa do ar e temperatura, afetam significativamente o ciclo de vida e reprodução deste vetor, e, consequentemente, a dinâmica de prevalência da Dengue. Para conhecer qual o nível de relação entre variáveis climáticas e a prevalência de Dengue no Distrito Federal, o presente trabalho realizou análise de medidas de correlação não paramétrica no programa SPSS versão 20, pelo coeficiente de Spearman, entre os casos confirmados de Dengue no DF e dados de precipitação média, umidade relativa média e temperatura média, mensalmente, abrangendo o período de janeiro de 2007 a dezembro de 2016. O estudo conclui que a correlação entre a umidade relativa do ar, precipitação e temperatura, e a prevalência da Dengue é alta e significativa. Conclui ainda que essa correlação ocorre com certo período de defasagem, dados os períodos de seca que os ovos do mosquito aguentam, a eclosão destes ovos em diferentes períodos, e o ciclo de vida do vetor, até que este esteja apto a infectar as pessoas, juntamente com o período de incubação interno (no mosquito) e externo (no Homem), e com maiores temperaturas o mosquito vive mais e produz mais ovos. Além disso, a prevenção à Dengue no DF deve ser ininterrupta de formas abrangentes, mas os órgãos da saúde de vigilância sanitária e epidemiológica devem se atentar às previsões realizadas pelos órgãos meteorológicos para prever as mudanças nas variáveis climáticas e direcionar recursos e políticas públicas para os períodos específicos onde o aumento em uma variável meteorológica afetará a Dengue. Essa é uma forma de adaptação aos impactos das mudanças climáticas na saúde pública no Distrito Federal.
Abstract: This work seeks to understand the impacts of climate change on public health in the Distrito Federal, Brazil, focusing on Dengue. Climate change, a consequence of global warming, poses a major threat considering the uncertainty it brings to the future of the planet. There are predictions for the Distrito Federal, an area with well-defined seasonality on climate, where there will be long periods of drought and more extreme and concentrated rain events will happen in short periods during the year, due to climate change. The effects can already be realized worldwide, especially in the environment, and consequently affecting human health. Dengue is the most rapidly spread mosquito-borne disease in the world. It is a disease of difficult control, due to its epidemiology and the characteristics of its vector, the Aedes aegypti. Some meteorological variables, such as precipitation, air humidity and temperature, affects significantly the life cycle and reproduction of the mosquito, and consequently, the dynamics of Dengue prevalence. In order to test the hypothesis of correlation between meteorological variables and Dengue prevalence in the Distrito Federal, the present study performed a correlation analysis by using the software SPSS 20, and considering the nonparametric Test of Spearman coefficient between the confirmed cases of Dengue in DF and average precipitation, average air humidity and average temperature data, monthly and covering the period from January 2007 to December 2016. The study concludes that there is a correlation between air humidity, precipitation and temperature with the prevalence of Dengue is high and significant. It also concludes that this correlation occurs with a lag period, given the periods of drought that the mosquito eggs can withstand, the hatching of these eggs in different periods, the life cycle of the vector, until it is able to infect people, plus the internal incubation period (inside the mosquito) and external (inside the human), and with higher temperatures, the mosquitoes live longer and produce more eggs. Dengue prevention in the DF must be uninterrupted in a wide way, but health agencies of sanitary and epidemiological surveillance should attain to the forecasts made by the meteorological agencies to predict changes in climatic variables and direct resources and public policies for the periods where the rise of a meteorological variable will affect Dengue. This is a way of adapting to the impacts of climate change on public health in the Distrito Federal.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, 2017.
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