Resumo: | Além da crise econômica e financeira de âmbito mundial, o Brasil enfrentou em 2015 uma crise política sem precedentes. Houve impeachment, troca de governo e a recessão tomou conta do país. Muito se falou sobre recessão, queda do PIB, ajustes fiscais, desemprego, políticas e programas sociais, reformas trabalhistas e previdenciárias. E não há como negar que as consequências do endividamento público do país estão intimamente ligadas à crise de 2015. O Brasil vem crescendo menos, tanto que em 2015 a taxa de crescimento do PIB foi de -3,8%, a menor em uma década. Ainda em 2015 o país teve um orçamento executado de R$ 2,268 Trilhões, contudo, boa parte desse orçamento foi destinado ao pagamento de juros e encargos da dívida pública, cerca de 42,43% ou R$ 962 bilhões. Em contrapartida, no mesmo ano os recursos destinados aos gastos públicos sociais ficaram na casa dos R$ 1038,2 bilhões, sendo 53,2% desse valor destinados à Previdência Social. Sendo o Brasil a 9ª economia mundial e ao mesmo tempo um dos campeões em desigualdade social, 79º na classificação do IDH, deveria buscar voltar os seus recursos às políticas sociais de forma a atender ao bem-estar da população lhe concedendo serviços de melhor qualidade. |