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2017_CarolinaRamosSobreiro_tcc.pdf | 14,57 MB | Adobe PDF | ver/abrir |
Título: | Trilhas dos imaginários sobre os indígenas e demografia antiautoritária : um experimento de antropologia anarquista |
Autor(es): | Sobreiro, Carolina Ramos |
Orientador(es): | Cayón Durán, Luis Abraham |
Assunto: | Antropologia anarquista Cultura indígena Tribo Mebengokré (Kayapó) Índios |
Data de apresentação: | 10-Jul-2017 |
Data de publicação: | 30-Out-2017 |
Referência: | SOBREIRO, Carolina Ramos. Trilhas dos imaginários sobre os indígenas e demografia antiautoritária: um experimento de antropologia anarquista. 2017. x, 131 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumo: | Esta é uma tentativa de realizar um experimento de antropologia anarquista, juntamente aos Mebengokré (Kayapó). Percorre-se um caminho que relaciona as imagens construídas sobre os povos indígenas, suas classificações e articulações com os poderes e suas respectivas instituições desde os primeiros contatos da conquista. Logo vem uma reflexão sobre os desdobramentos dessas imagens e articulações na transformação das instituições políticas, na historia, no espaço e no território. De uma imagem inicialmente pejorativa, os Mebengokré vão se elevando gradualmente, graças a diversos motivos, um deles é a revelação de seu grandioso passado arqueológico, que envolve, entre outros aspectos, cerâmica antiquíssima e enormes aldeias circulares que acolheram grandes populações. Demonstra-se também a complexidade e profundidade de um conhecimento indígena que tem categorias científicas próprias, a respeito dos seres vivos, o espaço, os biomas. O “nomadismo” deixa de ser visto como uma caminhada sem rumo, para tornar-se um modo privilegiado de vida, transformação e construção de relações sociais e com o espaço. É através dele que se desenvolvem habilidades de construir e desenhar paisagens fartas por meio do movimento pelo território e fases mais estáveis nas aldeias. O anarquismo colabora com a reflexão antropológica ao desnaturalizar as hierarquias de poder, traz uma problematização na categorização dos humanos sob os paradigmas evolutivos e seus marcos: paleolítico/neolíticos, que se desmancham e perdem sentido também diante da singularidade dos Mebengokré, cuja espacialidade, ecologia política, caminha entre fusões e cisões comunitárias, um tipo de levante que resulta na multiplicação de aldeias no espaço que se distribuem como constelações estalares, por meio de uma demografia antiautoritária: que dilui e explode centros de poder muito densos para criar novas unidades políticas independentes, movimentos que se dirigem à grandiosidade de seu protagonismo cosmo-político. |
Informações adicionais: | Trabalho de conclusão de curso (graduação)— Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2017. |
Aparece na Coleção: | Ciências Sociais - Antropologia |
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