Resumo: | No Brasil, os medicamentos fitoterápicos, assim como os convencionais, devem possuir registro na Anvisa e seguir todas as normas sanitárias, a fim de que seja garantido o acesso a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade comprovada. A falta de controle eficiente durante o desenvolvimento, produção e comercialização acarreta desvios de qualidade, que podem gerar problemas de ineficácia terapêutica, nocividade, intoxicações, agravamento de enfermidades e, em casos extremos, a morte dos usuários. O uso de fitoterápicos tem apresentado um crescimento significativo, o que exige normatização adequada para assegurar a qualidade em todas as etapas de produção desses medicamentos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade do fitoterápico garra do diabo (Harpagophytum procumbens DC) disponível no mercado farmacêutico de Brasília-DF. Para tal, foram realizados testes preconizados na Farmacopeia Brasileira – 5ª edição (2010) e em monografias presentes em outras farmacopeias oficiais. Foram avaliados rótulos e bulas, características organolépticas, peso médio, desintegração, compostos majoritários e marcadores fitoquímicos. Alguns desvios foram observados na análise de bula, no teste de desintegração e na análise do teor do marcador. Esses desvios são significativos e comprometem a eficácia terapêutica do medicamento fitoterápico. |