Título: | A percepção sobre práticas de Direitos Humanos na China e sua influência na construção de soft power chinês |
Autor(es): | Mello, Andrea Serrano de |
Orientador(es): | Bécard, Danielly Silva Ramos |
Assunto: | Direitos humanos - China China - política e governo |
Data de apresentação: | 2016 |
Data de publicação: | 21-Jun-2017 |
Referência: | MELLO, Andrea Serrano de. A percepção sobre práticas de Direitos Humanos na China e sua influência na construção de soft power chinês. 2016. 29 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Relações Internacionais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | Este artigo examina como a percepção acerca de políticas internas de Direitos
Humanos na China pode ser o elo mais fraco da construção de imagem do país. A partir de discussões teóricas acerca desse tema na área de Relações Internacionais, examina-se de que modo esta imagem pode ser usada como ferramenta de poder para o exercício de sua influência no sistema internacional ou como tal elemento pode limitar o seu poder perante o sistema. O elo mais fraco para a projeção positiva da imagem chinesa é apontado nesse artigo como sendo as práticas de tais Direitos e a percepção dos mesmos perante a comunidade internacional. O relativismo cultural é apontado na defesa de determinados direitos à revelia de outros e as posições chinesa e ocidental sobre os conceitos de Direitos Humanos. Compreende-se o papel da imprensa internacional como grande difusor de tal comportamento e a hierarquização de discursos onde a narrativa liberal desempenha um papel protagonista, disseminando uma percepção passiva que afeta profundamente a imagem da China. A exemplo, após o Massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989, menos da metade da população americana tinha uma visão favorável em relação ao país, o que permitiu a inclusão de cláusulas de Direitos Humanos como parte da negociação para limitar o acesso do país à Organização Mundial do Comércio. Por último, coloca-se o investimento em políticas de diplomacia pública para construção de imagem pelo governo chinês, usando-se as Olimpíadas de 2008 e a pesquisa do Pew Research Center — que mostra o retorno de tal investimento a partir do aumento em pontos percentuais acerca da visão favorável de outros países em relação à China no ano de 2009. Contudo, uma real mudança na percepção que a comunidade internacional tem em relação à China tende a acontecer somente quando suas políticas internas priorizarem o bem-estar de seus cidadãos e melhorarem as práticas de Direitos Humanos. |
Abstract: | This article examines how the perception of China’s internal policies on human rights may be the weakest link in the country's image building. Based on theoretical discussions of image building in the field of International Relations, the article examines how this image can be used as a powerful tool on the exercise of its influence in the international system or how such an element can be used to limit its power before the system. The weakest link for the projection of a positive image of China is demonstrated in the present article as the practice of such rights and its perception by the international community. The cultural relativism in defending certain rights in detriment to others is highlighted, as well as the Chinese and Western positions on the concept of human rights. The international press is understood as an important broadcaster of such behavior; the hierarchy of discourse, in which the liberal narrative plays a leading role, propagates a passive perception that deeply affects China's image. For instance, after the Tiananmen Square massacre in 1989, less than half of the United States population had a favorable view towards China, which allowed for the inclusion of human rights clauses in the negotiations to limit the country's access the World Trade Organization. Finally, the investment in public diplomacy policies for image building by the Chinese government is highlighted, including the 2008 Olympics and the Pew Research Center, showing the return of such investment based on the increase (in percentage points) of the favorable view of other countries in relation to China in 2009. Nonetheless, real changes in the international community’s perception of China tend to happen only when its internal policies prioritize the welfare of its citizens and improve human rights practices by the government for its people. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, XVII Curso de Especialização em Relações Internacionais, 2016. |
Aparece na Coleção: | Relações Internacionais - Especialização
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