Lesões sem cavitação óbvia : acompanhar, selar ou invadir?

Abstract

Identificar o tratamento para lesões de cárie CAST 3 e 4 em molares decíduos recomendados por odontopediatras e a necessidade do uso de RX para a decisão do mesmo. Foram selecionados 12 casos clínicos cujas fotografias e radiografias foram disponibilizadas online. Os 74 membros da Associação Brasileira de Odontopediatria - DF foram convidados a avaliar os casos e responder questionário cujas opções eram acompanhar, selar ou restaurar as lesões. Para lesões CAST 4, 62% dos participantes julgaram necessária a radiografia para tomada de decisão. A necessidade de RX mostrou-se associada à profundidade da lesão (p=0,0001). Observou-se que antes da apresentação do RX, 71,31% (CAST 3) e 35,52% (CAST 4) optaram por acompanhar e/ou selar as lesões. Após a avaliação do RX esse número foi de 60,93% e 24,59%, respectivamente. Lesões sem imagem em dentina foram preferencialmente acompanhadas e as na metade externa, inicialmente foram seladas (33,2%), restauradas (26,2%) e acompanhadas (26,23%). Após o RX, houve maior indicação de tratamento restaurador (39,76%). Para lesões na metade interna, o tratamento restaurador foi o mais indicado antes (45,25%) e após (83,93%) avaliação radiográfica. Concluiu-se que a radiografia influenciou na tomada de decisão, principalmente para lesões envolvendo a metade interna da dentina, que foram tratadas majoritariamente pelo método invasivo.