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Título: A psicomotricidade no desenvolvimento das crianças de 4 e 5 anos
Autor(es): Lourenço, Maria Aparecida Oliveira
Orientador(es): Dantas, Otília Maria Alves da Nóbrega Alberto
Coorientador(es): Barbosa, Marcos Paulo
Assunto: Educação de crianças
Capacidade motora nas crianças
Psicomotricidade
Data de apresentação: 31-Dez-2015
Data de publicação: 10-Mai-2017
Referência: LOURENÇO, Maria Aparecida Oliveira. A psicomotricidade no desenvolvimento das crianças de 4 e 5 anos. 2015. 47 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Coordenação Pedagógica)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Falar sobre a Psicomotricidade envolve os alguns aspectos do corpo. Não se pode analisar os desenvolvimentos que acontecem no corpo como isolados e independentes entre si. Em Henri Wallon : uma concepção dialética do desenvolvimento infantil/Izabel Galvão. p.8, 1995. Buscando compreender o psiquismo humano, ressalta e volta sua atenção para a criança, pois através dela é possível ter acesso à gênese dos processos psíquicos. De uma perspectiva abrangente e global, investiga a criança nos vários campos de sua atividade e nos vários momentos de sua evolução psíquica. Enfoca o desenvolvimento em seus domínios afetivo, cognitivo e motor, procurando mostrar quais são, nas diferentes etapas, os vínculos entre cada campo e suas implicações com o todo representado pela personalidade. Antes de agir diretamente sobre o meio físico, o movimento atua sobre o meio humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. Então a primeira função do movimento no desenvolvimento infantil é afetiva. É só no final do primeiro ano, com o desenvolvimento das praxias, gestos como o de pegar, empurrar, abrir ou fechar, que se intensificam as possibilidades do movimento como instrumento de exploração do mundo físico, voltando à ação da criança para a adaptação à realidade objetiva. (Henri Wallon /Izabel Galvão. P. 48/49, 1995). O desenvolvimento das primeiras praxias define o início da dimensão cognitiva do movimento. Muitas vezes, para tornar presente uma ideia, a criança precisa construir, por meio de seus gestos e posturas, um cenário corporal - o gesto precede a palavra. É o que (Wallon, 1975, pág. 71,72), chama de mentalidade projetiva: ainda frágil, o ato mental projeta-se em atos motores. Para atuar na escola percebemos a necessidade de se planejar a estruturação do ambiente escolar. Se for estruturado adequadamente, pode desempenhar um decisivo papel na promoção do desenvolvimento infantil. Para planejar essa estruturação somos, obrigados a ampliar o raio de abrangência da reflexão pedagógica. Após os três meses a criança já sabe dirigir-se às pessoas à sua volta, não só através de gritos em relação aos cuidados materiais de que necessita, mas com sorrisos e sinais de contentamento, movimentos que expressam os laços afetivos entre ela e aqueles que lhe correspondem. Trata-se de uma simbiose afetiva, “a criança vive quase tanto das suas relações humanas como da sua alimentação material.” (...) Há uma ligação indissolúvel, a partir de uma certa idade, entre o desenvolvimento psíquico do indivíduo e o seu desenvolvimento biológico”. Não existe preponderância do desenvolvimento psíquico sobre o desenvolvimento biológico, mas ação recíproca. Há portanto uma incessante ação recíproca do ser vivo e de seu meio. “Essa ação varia com as possibilidades orgânicas do ser vivo e é a maturação de seu organismo que permite à criança manter com o ambiente relações recíprocas que estão na base de sua existência. Wallon/Guedes,1995, pg. 206-208). Refletir sobre o que compreende a reciprocidade entre o meio e o biológico, nos instiga a pensar sobre a importância do papel dos espaços destinados às crianças e das possibilidades que as relações entre crianças-crianças, criançasadultos e experiências coletivas possuem no sentido de contribuir para o desenvolvimento da criança. Na teoria walloniana, “os encontros entre o ser e o meio exigem respostas que não podem ser previsíveis a partir dos elementos” (WALLON, 1975, p. 65). Ainda dentro desta ideia, o meio contribui para o desenvolvimento do indivíduo, porém, cada um recebe as influências deste meio de formas diferentes, não pode prever quais vão ser os resultados obtidos entre o indivíduo, no caso a criança e o ambiente que a cerca. “O meio é o complemento indispensável do ser vivo. Ele deve corresponder às suas necessidades e às suas aptidões sensóriomotoras e mais tarde psicomotoras” (WALLON, 1975, p. 164). O objetivo principal deste artigo foi fazer uma reflexão a cerca da psicomotricidade e sua relação no desenvolvimento da aprendizagem na infância. Este trabalho se torna relevante porque a psicomotricidade desenvolve os estímulos do corpo da criança, e também desenvolvem de forma concreta os aspectos psicológicos qualificando os processos de ensino-aprendizagem, fazendo com que a criança esteja mais aberta a novos conhecimentos, sejam eles físicos cognitivos ou psicomotores. Foi utilizada uma revisão literária como metodologia através de livros e artigos, para melhor conhecimento da psicomotricidade e como a mesma beneficia o desenvolvimento infantil. É importante destacar que os primeiros momentos psíquicos da vida da criança, o relacionamento de forma mais intensa é no meio familiar e no meio social, o que é de suma importância para a formação da personalidade da criança. “O meio mais importante para a formação da personalidade não é o meio físico, mas o social”. Evidencia que “as situações diante das quais a criança reage são exatamente as correspondentes aos seus meios”. Wallon (1975, pgs. 24 e 92). Comprovando que o ser humano é um ser social, passamos a entender que o organismo necessita do ambiente social para melhor se desenvolver, é uma relação indispensável, a do ser e o meio em que ele convive. [...] o meio a que é necessário reagir não é só o meio físico, é o meio de que depende a existência de cada um, isto é, no que se refere ao homem, o meio por ele criado através da sua atividade e o meio onde está mergulhado desde o nascimento: o meio social (WALLON, 1951, p. 64). Assim percebe-se o meio social exercendo grande influência no desenvolvimento da criança e, neste caso, é de extrema importância que o meio ambiente que a criança vive e conviva lhe ofereçam condições para lhe favorecer em seu desenvolvimento. "meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu entourage" (Wallon, 1971, p. 262). Diante das concepções sobre o tema, teóricos e estudiosos aprofundaram seus estudos e pesquisas para descobrirem o real papel do corpo para o desenvolvimento do ser, desfazendo assim o pensamento equivocado de que o corpo e a mente eram dissociados. Neste contexto, no livro Instituto Brasileiro de Ensino Estratégias para Inclusão e Psicomotricidade – Práticas Psicomotoras, cita que este autor criou o termo Psicomotricidade vinculando o movimento, o pensamento e a afetividade. (DUPRÉ, 1909 apud LEVIN, 2000, p.26). A meu ver, Psicomotricidade significa a relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção, ou seja, é considerada a ciência que estuda o homem por meio de seu corpo em movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, funcionando como eixo de sustentação da vida sócio-psico-afetiva do sujeito. O desenvolvimento infantil conclui-se que é de suma importância para as crianças, pois, além de tratar dos estímulos corporais da infância, desenvolve de forma concreta os aspectos psicológicos.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Ministério da Educação, Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Centro de Formação Continuada de Professores, Secretaria de Educação do Distrito Federal, Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação, Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica, 2015.
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