Título: | Gastos hospitalares com hipertensão arterial e suas complicações no Sistema Único de Saúde : um estudo em dois hospitais públicos do Distrito Federal no período de 2012 a 2015 |
Autor(es): | Misquita, Maiza |
Orientador(es): | Marques, Carla Pintas |
Assunto: | Saúde pública Acidente vascular cerebral Hipertensão arterial Sistema Único de Saúde (Brasil) |
Data de apresentação: | 12-Dez-2016 |
Data de publicação: | 9-Mar-2017 |
Referência: | MISQUITA, Maiza. Gastos hospitalares com hipertensão arterial e suas complicações no Sistema Único de Saúde: um estudo em dois hospitais públicos do Distrito Federal no período de 2012 a 2015. 2016. 43 f. Monografia (Bacharelado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | Introdução: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica multifatorial que gera alto custo financeiro e social, sendo fator de risco para várias comorbidades, gerando elevadas taxas de internações e óbitos tanto no Brasil quanto no mundo. Acomete hoje mais de um bilhão de pessoas e é a maior causa de infarto agudo do miocárdio, de acidente vascular cerebral e de doença renal crônica. Estima-se que a HAS é causa de morte de nove milhões de pessoas anualmente. O custo anual estimado para o tratamento da HAS no sistema público de saúde foi de US$398,9 milhões e representou 1,43% dos gastos totais do SUS em 2005. Objetivo: Descrever os gastos hospitalares das internações por Hipertensão Arterial Sistêmica e suas complicações no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no período de 2012 a 2015. Quantificar as internações, verificar valor médio da autorização de internação hospitalar (AIH), média de permanência das internações e o número de óbitos. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem quantitativa longitudinal, utilizando dados secundários, obtidos na base de dados do Datasus /MS. Resultados: Foram registradas 897 internações por HAS, sendo que 54 ocorreram no HBDF e 843 internações no HRC, por complicações foram 2.341 e dessas internações 733 no HBDF e 1608 no HRC. O valor médio da AIH por HAS é de R$791,97 no período estudado deste o HRC gastou em media por internação R$ 255,55 e HBDF gastou em média R$536,41 por internação. Já a média da AIH por complicações HAS no período estudado foi de R$1.985,64, o HBDF representa um valor três vezes maior que no HRC. A média de permanência hospitalar oscilou, mas o HRC média de permanência por internações por complicações da HAS é maior. Conclusão: Observou-se que no HRC ocorreu elevada taxa de internação, tempo de permanência e de óbitos comparado ao HBDF. Porém constatou-se que os gastos com internações no HBDF foram superiores ao do HRC. Recomenda-se novos estudos para verificar essa discrepância de valores e a elevada taxa de internação no HRC. A HAS é um problema de saúde pública, e o sanitarista pode auxiliar na criação de estratégias eficazes na atenção básica, a fim de possibilitar uma melhor qualidade de vida e diminuir as hospitalizações evitáveis e os consequentes gastos. |
Abstract: | Introduction: Systemic arterial hypertension (SH) is a multifactorial chronic condition that generates a high financial and social cost, being a risk factor for several comorbidities, generating high rates of hospitalizations and deaths both in Brazil and worldwide. It affects more than one billion people today and is the major cause of acute myocardial infarction, stroke and chronic kidney disease. It is estimated that hypertension is a cause of death of nine million people annually. The estimated annual cost for the treatment of hypertension in the public health system was US $ 398.9 million and represented 1.43% of total SUS expenditure in 2005. Objective: To describe the hospital costs of hospitalizations for systemic arterial hypertension and its complications (HBDF) and the Regional Hospital of Ceilândia (HRC), in the period from 2012 to 2015. To quantify the hospitalizations, to verify the average value of the hospital admission authorization (HIA), the average length of stay and the Number of deaths. Methodology: Descriptive study of a longitudinal quantitative approach, using secondary data, obtained from Datasus / MS database. Results: 897 hospitalizations were recorded for HAS, 54 of which occurred in the HBDF and 843 hospitalizations in the HRC, with complications being 2.341 and of these hospitalizations 733 in the HBDF and 1608 in the HRC. The average value of AIH per HAS is R$ 791.97 in the period studied, HRC spent an average of R$ 255.55 in hospitalization and HBDF spent an average of R$ 536.41 per hospitalization. The mean AIH for HBDF complications in the period studied was R$ 1,985.64, HBDF representing a value three times higher than HRC. The mean hospital stay oscillated, but the mean HRC for hospitalization for complications of HAS is higher. Conclusion: It was observed that HRC had a high rate of hospitalization, length of stay and death compared to HBDF. However, it was found that hospitalization expenses in the HBDF were higher than in the HRC. Further studies are recommended to verify this discrepancy in values and the high rate of hospitalization in the HRC. HE is a public health problem and the health worker can assist in the creation of effective primary care strategies in order to improve the quality of life and reduce avoidable hospitalizations and consequent costs. |
Informações adicionais: | Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2016. |
Aparece na Coleção: | Saúde Coletiva - Campus UnB Ceilândia
|