Resumo: | O presente estudo tem por objetivo verificar a relação entre a satisfação dos beneficiários e a situação econômico-financeira das operadoras de planos de saúde (OPS) brasileiras. Foram analisados os Indicadores da Dimensão da Satisfação do Beneficiário (IDSB) e alguns indicadores econômico-financeiros tradicionais na literatura – Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE), Margem Bruta (MB), Liquidez Corrente (LC) e Participação de Capital de Terceiros (CT) –, para o ano de 2014. Para alcançar o objetivo proposto foram realizadas Estatísticas Descritivas e aplicou-se a técnica de Análise Envoltória de Dados – DEA. Os principais resultados mostram que, em média, as OPS tiveram como Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) e no seu componente IDSB, os valores 0,7190 e 0,8122, respectivamente. Quanto aos indicadores econômico-financeiros, houve desvio padrão alto para todas as variáveis, e as medias foram 2,47 de LC, -1,65 de ROE, 0,61 de MB e 3,11 de CT. A análise de eficiência constatou que 71 operadoras de planos de saúde podem ser consideradas eficientes na geração de satisfação em seus beneficiários, dada a situação econômico-financeira do período (2014), pois obtiveram índice igual a 1. Observa-se que 65,4% das operadoras obtiveram índices de eficiência no intervalo 0,80 ≤ x ≤ 1. As três operadoras menos eficientes apresentaram índices ≤ 0,20. Foi contatado que as modalidades que OPS que apresentam maior eficiência, são as do segmento exclusivamente odontológico. O índice de eficiência foi comparado ainda com as médias dos indicadores econômico-financeiros e conclui-se que as operadoras que possuem maior satisfação de seus beneficiários, não são as que apresentam melhores situações econômico-financeiras médias, considerando os indicadores escolhidos. |