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Título: Definição de ratings para empresas do setor de construção civil brasileiro : uma aplicação de análise discriminante para análise de risco financeiro
Autor(es): Santana, Matheus Menezes
Orientador(es): Daher, Cecílio Elias
Assunto: Construção civil
Informação contábil
Risco (Economia)
Data de apresentação: 2-Dez-2016
Data de publicação: 23-Fev-2017
Referência: SANTANA, Matheus Menezes. Definição de ratings para empresas do setor de construção civil brasileiro: uma aplicação de análise discriminante para análise de risco financeiro. 2016. 58 f., il. Monografia (Bacharelado em Administração)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: Visando avaliar a capacidade da análise discriminante ser aplicada como ferramenta para definição de ratings, aplicamos o modelo Z” de Altman (2000) às empresas do setor de construção civil brasileiro, que atuam como construtoras, no anos de 2012 e 2015. A escolha do setor derivou da forte crise vivida pelo mesmo, desta forma buscamos avaliar se a aplicação do modelo Z” de Altman, seria capaz de diagnosticar o risco do setor. Adicionalmente, aplicamos o modelo CAPM - Capital Asset Pricing Model, nas premissas definidas por Assaf Neto, Lima e Araújo (2008) às empresas selecionadas, utilizando como referências os dados financeiros das mesmas, no período de 2012 e 2015, para avaliar a congruência dos retornos exigidos calculados através do modelo CAPM, com os ratings atribuídos através do modelo Z”. Foi possível ratificar a capacidade do modelo Z” para realizar diagnósticos de riscos e atribuições corretas de ratings às empresas brasileiras. Os ratings obtidos pelo modelo Z”, tanto em 2012 quanto em 2015, demonstram de maneira quantitativa o alto risco do setor, que obteve rating médio CCC, indicando proximidade de inadimplência, risco este que já é de conhecimento dos analistas de investimentos derivados da crise econômica que vem atingindo o país. Este fato é exposto ao se verificar que dentre os dezesseis ratings atribuídos, para dois períodos diferentes, nenhum apresentou qualidade alta. A aplicação realizada do modelo também demonstrou que o mesmo é capaz de detectar e refletir mudanças ocorridas no mercado, ao comparar os ratings atribuídos no início da crise, com ratings das mesmas empresas, no decorrer desta crise. Aonde apenas 37,5% das empresas analisadas obtiveram melhora no seu rating, quando as demais obtiveram piora de rating, ou manutenção de ratings de qualidade baixa ou média-baixa. Foi ainda possível verificar através de análise de informações qualitativas não financeiras e análises individuais dos componentes do modelo Z”, que as melhoras de rating ocorridas, mesmo no decorrer da crise, possuíam, de fato, base em resultados e mudanças da estrutura de capital das empresas em questão. Também verificamos uma limitação da utilização do modelo, como ferramenta isolada, para tomada de decisão quanto ao investimento ou não em empresas. Ao relacionar os ratings atribuídos através do modelo Z” com os retornos de mercado, calculados através do modelo Capital Asset Pricing Model, exigidos para as empresas selecionadas em amostra, verificamos que não existe relação direta entre os mesmos. Os resultados demonstraram a limitação da análise discriminante, através do modelo Z”, que se restringe a utilização de indicadores contábeis, quando o mercado utiliza além dos indicadores financeiros contábeis, diversos fatores qualitativos e outros indicadores financeiros que são externos à empresa analisada, também foi possível verificar para as empresas que foram objeto do estudo, uma preponderância de influência dos resultados no valor acionário das empresas, enquanto o modelo Z”, como ferramenta de análise de risco analisa a estrutura de capital da empresa, e não somente seu histórico de lucros.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Administração, 2016.
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