Resumo: | A inclusão de alunos com deficiência na rede regular de ensino é uma realidade, fato
que desencadeia a necessidade de pesquisas para conhecer como está proposta está sendo
consolidada no cotidiano escolar. Assim, buscamos realizar este estudo com o objetivo de
identificar a motivação intrínseca dos alunos, bem como conhecer as estratégias e materiais
utilizados pelo profissional de ensino para motivar o aluno com deficiência intelectual no
contexto da inclusão. Participaram deste estudo três professores da rede regular, na faixa
etária de 29 a 51 anos, todas do sexo feminino, com graduação e uma com especialização.
Todas atendem alunos com deficiência intelectual na sala de recursos generalista SRG. Participaram duas escolas da rede pública de Unaí-MG. O instrumento utilizado consistiu em um questionário com questões objetivas e subjetivas, dividido em três eixos centrais:
identificação do participante, opinião sobre os fatores que levam o estudante com DI a
frequentar a rede regular (motivação intrínseca), fatores de incentivo (motivação extrínseca) e opinião pessoal sobre a inclusão do deficiente intelectual. O procedimento de coleta de dados pautou-se na visita a escola para informar a intenção da pesquisa, apresentar a carta de apresentação e agendar o dia, local e hora para as entrevistas individuais. Os resultados
obtidos evidenciaram que: 1/ A maior parte dos professores entrevistados já haviam lecionado para alunos com DI. 2/ Todos os professores entrevistados acreditam ser importante o aluno com DI estar motivado em sala de aula. 3/ das participantes, apenas 51F- consegue identificar a motivação intrínseca em seu aluno com DI, as demais deixaram a questão em branco; 4/ todas ponderaram sobre a motivação extrínseca como fator importante na aprendizagem; 5/ destacaram que nenhum aluno com DI decide em frequentar a escola regular, muitos estão lá em função dos pais, outros pelo contato que mantem com outros alunos com a mesma deficiência e uma professora comentou que eles estão lá em função das políticas públicas. Ao comentarem sobre os recursos e as possibilidades de despertar a motivação dos alunos, todas se reportaram a recursos externos. Todos recursos, brinquedos utilizados e encontrados no mercado, nenhum especifico a deficiência intelectual. No entanto, os dados parecem revelar que os professores não tem esta consciência do que seja ou não recurso especifico para o deficiente intelectual, muito menos ponderam sobre as interações como fator que desencadeia a motivação no outro, ou ainda sobre a necessidade do momento que pode direcionar o interesse do aluno para uma área e não outra. Enfim, os dados permitem concluir que os participantes da pesquisa reconhecem a importância do aluno com DI estar motivado em sala de aula, porém o próprio professor não possui uma escuta atenta para perceber esta característica em seu comportamento. |