Resumo: | O maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis Sims) compreende cerca de 95% de todo o maracujá plantado no Brasil. Apesar do Brasil ser o líder mundial na produção de maracujá, a produtividade brasileira ainda é baixa, alcançando aproximadamente 14t/ha no ano de 2013. Atualmente, os pomares de maracujá, em sua totalidade, são estabelecidos com mudas obtidas via sementes, entretanto, a fim de reverter essa baixa produtividade e outras situações que comprometem a expansão do cultivo desta cultura, propõe-se a propagação via estaquia, selecionando melhores matrizes de alta qualidade e produtividade. A aplicação exógena de auxinas tem se mostrado de grande utilidade para a melhoria na produção de inúmeras plantas frutíferas. Dentro deste grupo, o ácido indolbutírico (AIB) tem se mostrado eficiente em muitos casos na promoção do enraizamento. Para avaliar o enraizamento de P. edulis Sims, testou-se nesse experimento o efeito de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (0, 500 e 1000 mg L-1) em seis progênies de maracujazeiro-azedo (MAR 20 # 41, MAR 20 # PL1, GIGANTE AMARELO PL1, MAR 20 # 34 F2, MAR 20 # 24 PL1 e MAR 20 # 12 PL1), oriundas de programa de melhoramento genético. A aplicação do ácido indolbutírico melhorou o desempenho das progênies testadas para todas as características avaliadas (retenção foliar, formação de calo, potencial de enraizamento, número de estacas enraizadas, porcentagem de estacas enraizadas e número de brotações). Contudo, no tratamento correspondente a aplicação da dose de 500 mg L-1 de AIB, foram observados os melhores resultados de modo geral. Todas as progênies apresentaram respostas diferentes aos tratamentos propostos, evidenciando como a interação progênie versus concentração é determinante para o resultado final. |