Resumo: | Após a promulgação do CPC 29, os ativos biológicos deixaram de ser avaliados pelo custo histórico para serem avaliados a valor justo. A avaliação ou reavaliação desses ativos afeta os resultados da empresa, e essa variação deve ser evidenciada na Demonstração do Valor Adicionado, uma vez que esta demonstração evidencia a riqueza criada e distribuída pela empresa durante o exercício social. Este artigo buscou identificar o modo como 21 empresas que operam com ativos biológicos evidenciaram os ganhos e perdas decorrentes da avaliação e reavaliação desses itens na DVA nos exercícios de 2010 a 2014. Identificou-se que nem todas as empresas utilizaram o valor justo como forma de mensuração de seus ativos biológicos. Quando se analisa o percentual de ativos biológicos em relação aos ativos totais, a empresa com maior percentual apresentou a menor quantidade de informações a respeito da mensuração desses ativos, enquanto a empresa com menor percentual apresentou de forma detalhada as informações acerca da mensuração deles. Foram analisadas 90 demonstrações contábeis, sendo que em 61,22% houve utilização do valor justo, mas não houve evidenciação de sua variação na DVA, e em 5,10% o valor justo não foi utilizado. Nas demais, a informação foi apresentada como linha específica na DVA, como outras receitas ou como insumos adquiridos de terceiros (5,10%, 13,27% e 15,31%, respectivamente). Não foi possível identificar padrões determinantes na maneira como a variação do valor justo é evidenciada pelas empresas, nem mesmo entre empresas que atuam no mesmo setor, que operam com ativos biológicos do mesmo tipo, que utilizam a mesma metodologia para mensuração do valor justo ou que tiveram suas demonstrações auditadas pela mesma firma de auditoria. |