Avaliação da qualidade microbiológica de vegetais minimamente processados comercializados em Brasília-DF

Abstract

Neste trabalho, foram realizadas as análises microbiológicas de treze amostras de oito marcas diferentes de vegetais minimamente processados comercializados em seis diferentes supermercados de Brasília-DF. Os resultados mostraram que seis amostras (46,2%) de vegetais minimamente processados estavam impróprias para o consumo. Essas amostras apresentaram valores de coliformes termotolerantes superior ao limite estabelecido pela legislação brasileira para vegetais frescos que é de 1,0x102 NMP/g. Na contagem de bactérias mesófilas, seis amostras 42,6% dos vegetais minimamente processados apresentaram valores de bactérias mesófilas acima do esperado para os vegetais sanitizados (acima de 106 UFC/g, variando de 2,6x106 a 4,2x107UFC/g). As contagens de bactérias psicrotróficas foram elevadas em oito amostras analisadas (61,5%), encontrando-se acima de 106 UFC/g, variando de 1,5x106 a 7,3x107UFC/g. Nas análises moleculares, oito amostras (61,5%) tiveram cepas de E. coli confirmadas por PCR. As amostras 1, 2, 3 e 4 apesar de apresentarem cepas de E. coli, estavam dentro dos limites aceitáveis de coliformes termotolerantes estabelecidos pela legislação. Já as amostras 5, 6, 7 e 9 estavam impróprias para o consumo. Após as análises, cinco amostras (38,4%) apresentaram cepas de S. aureus. Apesar do número aceitável de bactérias S. aureu sem três amostras, a presença dessa bactéria mostrou condições higiênicas insatisfatórias por se tratar de uma bactéria procedente de manipulação humana. As amostras de couve 5 e 9 que já haviam sido reprovadas pelo excesso de coliformes termotolerantes, apresentaram contagens de S. aureus acima do permitido pela legislação brasileira e seu consumo representaria risco à saúde do consumidor, pois a região gênica EntC identificada nessas bactérias indicou que essas cepas eram produtoras de enterotoxinas.