Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/13532
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2015_LauraCostaBorges.pdf490,72 kBAdobe PDFver/abrir
Título: Efeitos do processo de maturação sobre a microbiota autóctone de queijo produzido com leite cru
Autor(es): Borges, Laura Costa
Orientador(es): Barros, Márcia de Aguiar Ferreira
Assunto: Alimentos - processamento
Microbiota autóctone
Segurança alimentar
Queijo - microbiologia
Data de apresentação: 2015
Data de publicação: 4-Jul-2016
Referência: BORGES, Laura Costa. Efeitos do processo de maturação sobre a microbiota autóctone de queijo produzido com leite cru. 26 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Medicina Veterinária)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Durante a maturação de queijos ocorrem diversas reações bioquímicas que resultam em alterações significativas de pH e da umidade, podendo influenciar diretamente no desenvolvimento de diversos microrganismos deteriorantes e patogênicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da maturação sobre a microbiota autóctone de queijos produzidos com leite cru. Foi produzido um queijo do tipo minas, com leite cru, que foi mantido em temperatura ambiente por um período de 60 dias e submetido a análises no primeiro dia e a cada 10 dias (T0 a T6); também foram analisadas a matéria prima (leite cru) e a massa. As análises microbiológicas realizadas foram para contagens de bactérias ácido-láticas (BAL), microrganismos aeróbios mesófilos (AM), bolores e leveduras (B/L), coliformes a 35°C (CT), coliformes a 45°C (CTt), psicrotróficos (PSI), Staphylococcus coagulase positiva (SCP) e para detecção de Listeria monocytogenes e Salmonella spp. Realizou-se determinação do teor de umidade das alíquotas do queijo. Os resultados obtidos mostraram que a matéria prima apresentou altas contagens dos microrganismos pesquisados (BAL 7,5 x 105 UFC/mL; AM 1,0 x 106 UFC/mL; B/L 1,7 x 103 UFC/mL; CT 4,3 x 104 NMP/mL; CTt 1,5 x 103 NMP/mL; PSI 8,4 x 104 UFC/mL). A massa do queijo apresentou contagens ainda mais elevadas: 1,4 x 107 UFC/g para BAL; 2,0 x 109 UFC/g para AM; 1,1 x 104 UFC/g para B/L; >1,1 x 107 NMP/g para CT; 2,1 x 106 NMP/g para CTt; 5,5 x 106 UFC/g para PSI; 9,3 x 104 UFC/g para SCP. Observou-se que até T2 as contagens desses microrganismos permaneceram elevadas, somente ocorrendo redução a partir de T3. Deve-se ressaltar que as contagens finais de T6 ainda foram altas (BAL 9,0 x 103 UFC/g; AM 2,1 x 104 UFC/g; B/L 4,0 x 105 UFC/g; CT 2,4 x 104 NMP/g; CTt 2,4 x 104 NMP/g) e que não foi detectada a presença de L. monocytogenes e de Salmonella spp. Os resultados permitem concluir que o período de maturação, nas condições propostas por esta pesquisa, não garantiu a segurança microbiológica do produto e contribuiu para sua deterioração, inviabilizando o seu consumo.
Abstract: During ripening of cheese several biochemical reactions occur that result in significant changes in pH and moisture that can directly influence the development of various spoilage and pathogenic microorganisms. The objective of this study was to evaluate the effect of maturation on the autochthonous microbiota of cheeses made from raw milk. A cheese, of type minas, was made with raw milk and kept at room temperature for 60 days and subjected to analyzes on the first day and every 10 days (T0 to T6); the raw material (raw milk) and curd were also analyzed. The microbiological analyzes conducted were to count lactic acid bacteria (LAB), mesophilic aerobic microorganisms (MA), yeasts and molds (YM), coliforms at 35°C (CT), coliforms at 45°C (CTt), psychrotrophic microorganisms (PSI), Staphylococcus positive coagulase (SPC) and for the detection of Listeria monocytogenes and Salmonella spp. The moisture content of the cheese aliquots were also determined. The results showed that the raw material (milk) had high counts of microorganisms researched (LAB 7,5 x 105 CFU/mL; MA 1,0 x 106 CFU/mL; YM 1,7 x 103 UFC/mL, CT 4,3 x 104 MPN/mL, CTt 1,5 x 103 MNP/mL; PSI 8,4 x 104 CFU/mL). The curd of the cheese showed even higher scores: 1,4 x 107 CFU/g for LAB; 2,0 x 109 UFC/g for MA; 1,1 x 104 UFC/g for YM; >1,1 x 107 MNP/g for CT; 2,1 x 106 MNP/g for CTt; 5,5 x 106 UFC/g for PSI; 9,3 x 104 CFU/g for SPC. It was observed that these microorganisms’ counts remained high until T2, only presenting reduction on T3. It should be noted that the final count of T6 were still high (LAB 9,0 x103 CFU/g, MA 2,1 x 104 CFU/g, YM 4,0 x 105 CFU/g, CT 2,4 x 104 MNP/g, CTt 2,4 x 104 MNP/g) and the presence of L. monocytogenes and Salmonella spp. were not detected. The results showed that the maturation period, on the conditions proposed by this research, did not guarantee the microbiological safety of the product and contributed to its deterioration, making it unsuitable for consumption.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2015.
Aparece na Coleção:Medicina Veterinária



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons