Resumo: | Uma nova teoria microeconômica é necessária para estudar Economia Criativa. A atual teoria microeconômica que dá base às tomadas de decisão na Economia Criativa é a Teoria da Utilidade Esperada (TUE)(Blaug, 2001). A TUE em seus axiomas e teoremas considera apenas o lado racional da decisão humana e disso deriva o comportamento maximizado e racional dos agentes. Assim, apesar da TUE ser uma teoria acerca dos processos decisórios em contexto incerto, ao desconsiderar a subjetividade – e consequente incerteza – do agente, ela não consegue explicar certos paradoxos e outras peculiaridades do processo decisório, principalmente criativo. Assim, o principal argumento é o fato de que no estudo da Economia Criativa, relativa ao estudo econômico deatividades criativas - fruição e criação, tem como característica do agente a sua singularidade e subjetividade no momento de decidir (Potts, et al. 2014). Esta e outras características de Economia Criativa ajudam a construir um contexto de incerteza que causa ainda mais apelo à subjetividade no processo de tomada de decisão de consumo/produção criativo/artístico. Os argumentos são baseados em descobertas feitas por cientistas de diversas áreas, como as da Economia Criativa em si, mas também de vários outros campos de estudos, tais quais estudos sobre processos decisórios, incluindo também a Física Quântica, e Filosofia (Bohr, 1958)(Potts, et al. 2008)(Yukalov, et al. 2010).É neste contexto que a Teoria Quântica da Decisão (TQD) é apresentada.Como a estrutura matemática da TQD é a mesma usada como base para a compreensão da auto-organização em Sistemas Complexos Adaptativos (SCA), o próximo passo lógico é considerar estudos em Economia Criativa que considerem SCA. Somando-se as descobertas da TQD com o recente desenvolvimento dos estudos em Economia Criativa com perspectiva de SCA (Wen, et al. 2014)(Potts, et al. 2008),pelo menos alguma tentativa de explicar Economia Criativa como um SCA se faz necessária. ______________________________________________________________________ ABSTRACT A new microeconomic theory is needed in the field of study of Creative Economy. The current microeconomic theory used in Creative Economy is the Expected Utility Theory (EUT)(Blaug, 2001). The EUT only considers, in its axioms and theorems, the rational and of human decision making, thus, derive the maximizing and rational behavior of the agents. Therefore, despite the fact that the EUT is a theory developed to explain behavior under uncertainty, its lack of focus on the subjective – and consequent uncertain – aspect of human behavior, makes it difficult to explain some paradoxes and other peculiarities of the decision-making process, especially creative decision-making. Thus, the main argument is the fact that studies on Creative Economy, relative to the study of creative activities – fruition and creation, has as characteristic of the agent, the singularity and subjectivity in the moment of decision(Potts, et al. 2014). This and other characteristics of the Creative Economy help build a context of uncertainty that implies more subjectivity in the process of decision of creative production/consumption. The main line of argumentation are based in the discoveries made by scientists in diverse areas, such as Creative Economy itself, but also other varied field of studies, such as studies in decision-making process, containing discoveries in Quantum Physics, as well as Philosophy(Bohr, 1958) (Potts, et al. 2008) (Yukalov, et al. 2010). It is in this context that the Quantum Decision Theory (QDT) is presented. As the mathematical structure of QDT is the same used to model self-organizing behavior in Adaptive Complex Systems (ACS), the next logical step is to assess studies and researches in Creative Economy with this theoretical framework. Adding the discoveries of QDT to the recent development in Creative Economy (Wen, et al. 2014) (Potts, et al. 2008), at least some attempts to understand Creative Economy as ACS is necessary. |