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Título: Relação entre o grau de lesão cardíaca e níveis de expressões gênicas, expressões proteicas e ácidos graxos
Autor(es): Nicácio, Mariana Fehr
Orientador(es): Andrade, Joanlise Marco de Leon
Assunto: Doenças cardiovasculares
Modelos lineares (Estatística)
Análise estatística
Escore de Framingham
Escore de Friesinger
Data de apresentação: 2015
Data de publicação: 2-Jun-2016
Referência: NICÁCIO, Mariana Fehr. Relação entre o grau de lesão cardíaca e níveis de expressões gênicas, expressões proteicas e ácidos graxos. 2015. xiv, 50 f., il. Monografia (Bacharelado em Estatística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Neste trabalho foram avaliadas as relações de expressões gênicas, expressões proteicas e ácidos graxos com o escore de Friesinger. Com a finalidade de identificar potenciais biomarcadores de aterosclerose. Avaliou-se treze genes, quatro proteínas e dez ácidos graxos, bem com a relação entre o escore de Friesinger e Framingham e os fatores clássicos de risco. O Brasil está entre os 10 países com maiores taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares (DCVs) no mundo. Representam coletivamente a principal causa de morte no Brasil. As DCVs constituem uma das principais causas de permanência hospitalar e são responsáveis pela principal alocação de recursos públicos. A maior parte das DCVs é causada pela aterosclerose, doença caracterizada pelo acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos. Quando há obstrução das artérias, ocorre isquemia, ou seja, morte celular devido à diminuição do suprimento de oxigênio necessário. O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a doença isquêmica do coração mais comum. Acredita-se que a aterosclerose, e as DCVs de modo geral, sejam causadas por interações entre fatores genéticos, ambientais, demográficos e/ou comportamentais. Fatores de risco amplamente estabelecidos na literatura incluem sexo masculino, idade avançada, hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar. O estudo de marcadores da presença e severidade da aterosclerose é de importância indiscutível. A identificação de biomarcadores menos invasivos e de fácil execução é fundamental para o aprimoramento na conduta clínica, inclusive na detecção de subgrupos de pacientes com aterosclerose precoce. Muitos estudos vêm sendo desenvolvidos a fim de se identificar genes, proteínas e outros componentes moleculares que possam atuar como marcadores de aterosclerose, possibilitando prever o seu desenvolvimento e até mesmo diferenciar situações clínicas antes indistinguíveis. Muitos genes já foram identificados como fatores de risco, geralmente de efeitos moderados. O estudo da expressão gênica e proteica, a partir dos tecidos periféricos sanguíneos, demonstram ser potenciais ferramentas para a detecção de marcadores do processo inflamatório e outros indicadores de lesão. A atuação de ácidos graxos para a manutenção de funções cardíacas e sua desregulação em eventos cardíacos isquêmicos é bastante conhecida na literatura. Portanto, expressões gênicas, expressões proteicas e concentrações de ácidos graxos podem atuar como indicadores de lesão cardíaca. O escore de Framingham apresentou uma correlação moderada porém significante com o escore de Friesinger. Destacou-se como sendo uma das variáveis mais significantes apresentadas nos modelos de regressão. Observou-se correlação moderada de Friesinger positiva com os genes ALOX15, MYL4, COX7B, BCL2A1, IL18R1 e MMP9 e com o ácido Gamalinoleico, sendo significante para o modelo de regressão múltipla proposto apenas o gene ALOX15. Destaca-se o ácido Gamalinoleico em tal estudo pois foi o ácido que apresentou menor p-valor na correlação. Os demais ácidos não apresentaram associação. As variáveis sexo, IMC e triglicérides não se mostraram significantes. Destaca-se no modelo linear generalizado as varáveis gene BCL2A1, COX7B, ácido Gamalinoleico, Framingham, LDL e Idade como sendo significativas para explicar a variabilidade do escore de Friesinger. Um fator importante que justificaria o ajuste não tão adequado são as 78 observações deletadas por falta de informação. Vários estudos evidenciam a importância de se conhecer novos marcadores para DCV precoce e marcadores de aterosclerose menos invasivos. Novos estudos são necessários para elucidar o papel das expressões gênicas, proteicas e ácidos graxos no desenvolvimento da aterosclerose.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Estatística, 2015.
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