Resumo: | A pesquisa procurou verificar as mudanças ocorridas após 1997, nos cursos de Química da Universidade de Brasília, para tanto, delimitou o período 2000 a 2005, uma vez que entre 1995 e 1997, foram produzidas pelo menos duas dissertações que apresentaram um conjunto de sugestões que poderiam subsidiar os responsáveis pela administração acadêmica dos referidos cursos, na diminuição da saída dos alunos sem a devida conclusão do curso. Um capítulo foi dedicado a um histórico sobre o enigma da evasão nas Universidades Públicas Federais, no qual são apontados os vários fatores que contribuem para o processo de afastamento dos alunos das instituições de ensino, assim como o custo do aluno para os cofres públicos e os percentuais de ingressos e evadidos no período de 1985 a 1995. A pesquisa foi realizada com base na coleta de dados secundários sobre a evasão de alunos do curso de Química no período que se estende de 2000 a 2005. Os dados foram obtidos junto a Sistema de Graduação da Secretaria de Administração Acadêmica e da Secretaria de Planejamento da Universidade de Brasília. Assim, a partir desses dados construíram-se tabelas sobre o ingresso, a formatura e a evasão no período. No ano de 1997, o Instituto de Química criou uma Comissão que elaborou a proposta de reforma dos Currículos do Programa de Graduação de Química, em decorrência da situação preocupante que se encontravam os seus cursos, no que se refere à evasão, para tanto, foram traçadas diretrizes que serviram de base para o processo de reformulação. Essa Comissão propôs uma nova grade curricular dos cursos (créditos; tempos: mínimo, médio e máximo de permanência no curso) e a orientação acadêmica. O Instituto de Química hoje tem um quadro de docentes composto por doutores e com um grande número de pesquisas em desenvolvimento no âmbito da unidade. O processo de evasão é prejudicial não só ao estudante que enfrenta um sistema concorridíssimo para ingresso, mas também para a Instituição como um todo, já que produz às unidades acadêmicas e conseqüentemente a Instituição vagas ociosas que não são contempladas com recursos financeiros do Ministério da Educação. O fato de diminuir a relação professor-aluno encarece o curso, bem como em relação aos recursos financeiros disponibilizados para a unidade que passa a ser dividido entre um número menor de alunos/créditos. A pesquisa conclui que a Reforma Curricular promoveu mudanças no perfil do Programa e pelo que se apurou na analise das informações geradas com os dados coletados junto aos diversos setores da Universidade de Brasília, os efeitos foram positivos, pois ao longo dos 6 anos analisados, o número de evasão tem diminuído sistematicamente; tanto no Bacharelado como na Licenciatura e aumentado o número de formados. A pesquisa realizada em 1995 (onde foi abordado o período de 1985 a 1992) identificou que 58,1% de um total de 487 ingressos evadiram-se do Programa. Já na pesquisa concluída em 1997 (analisando o período de 1º./1990 ao 2º./1995), identificou que 57,0% de um total de 561 alunos ingressos, foram desligados. Enquanto que na pesquisa ora realizada, abordando o período de 1º/2000 ao 2º/2005, chegou-se ao universo de 836 admitidos e evasão de 39,7% e o de formados totalizando 30%. |