Resumo: | Introdução: O aleitamento materno e a alimentação complementar adequada são fatores de promoção do pleno crescimento e desenvolvimento infantil, e têm grande participação na prevenção da morbimortalidade, sendo que suas repercussões chegam até a fase adulta.Tendo conhecimento da importância destas práticas, fez-se necessária uma avaliação mais detalhada do perfil de amamentação e alimentação complementar de crianças menores de dois anos no Distrito Federal (DF). Objetivos: Descrever as práticas de amamentação e alimentação complementar no Distrito Federal, entre crianças menores de dois anos, do ambulatório de crescimento e desenvolvimento infantil do Hospital Universitário de Brasília. Métodos: Para realizar odiagnóstico das práticas de amamentação e alimentação foi feito estudo transversal, com crianças menores de dois anos de idade atendidas no ambulatório de crescimento e desenvolvimento infantil do Hospital Universitário de Brasília. A amostra foi de30 crianças. Para a coleta de dados foi utilizado formulário, aplicado à mãe da criança, com questões socioeconômicas, sobre o pré-natal e parto, consumo alimentar da criança nas últimas 24 horas, aleitamento materno e cumprimento dos “Dez Passos para a Alimentação Saudável”. Foram aferidas medidas antropométricas. Foi avaliado o impacto sobre as variáveis de desfecho amamentação e consumo infantil de alimentos. A análise será realizada no pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 13.0, para o cálculo das estatísticas descritivas e inferenciais. Foram consideradas significativas as associações com p <0,05. Resultados:A maioria das mães (76,6%) encontrava-se na faixa etária de 20 a 35 anos,60% possuíam como escolaridade o ensino fundamental incompleto e 23,3%, o ensino superior completo. A prevalência do aleitamento materno exclusivo, considerando as crianças menores de seis meses (n=19), foi igual a 95%.Na avaliação da alimentação complementar e aleitamento materno, para crianças entre 6 e 24 meses (n=11) observou-se que 72,7% ainda eram amamentadas; 54,5% tomaram suco natural da fruta; 81,8% comeram fruta inteira, em pedaços ou amassada; 72,7% comeram verduras; 81,8% comeram comida de sal; 72,7% comeram algum tipo de carne; 54,5% comeram feijão ou lentilha; 27,3% consumiram biscoito doce ou salgado; 9,1% comeram salsicha, linguiça, hambúrguer ou nuggets; 27,3% comeram alimento adoçado com açúcar, mel, melado ou adoçante; 9,1% consumiram refrigerante; 18,2% consumiram bala, pirulito ou guloseimas; não foi relatado consumo de salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e suco de caixinha, em pó ou em lata. Conclusão: A partir do estudo realizado pôde-se perceber que, apesar das prevalências de AME e AM encontradas serem satisfatórias, faz-se necessário investimentos nos programas e ações voltados para promoção, apoio e incentivo ao aleitamento materno junto às mães e estudos que identifiquem seus determinantes. Quanto à AC, a inserção, muitas vezes precoce, de alimentos não saudáveis evidencia a necessidade de atenção à faixa etária estudada e incentivo ao consumo de alimentos adequados e saudáveis. |