Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil das despesas de benefícios de auxílio-doença previdenciário concedidos pelo RGPS brasileiro a trabalhadores de clientela urbana e rural.Para tratar a questão da pesquisa, foram coletados dados relativos ao volume de despesas e número de beneficiários na base de dados AEPS Infologo, segregando a análise por grandes regiões, unidades federativas, sexo, faixas de idade e grupos de CID-10, variáveis consideradas em períodos distintos de acordo com os registros fornecidos. A justificativa para a pesquisa está na constatação de aumento das concessões com essa rubrica e o crescimento persistente de seu impacto sobre as despesas previdenciárias com benefícios concedidos ao longo dos anos. Os resultados mostram um aumento repentino no total das despesas de clientela urbana em 2002, uma participação recorde das despesas com benefícios de auxílio-doença previdenciáriosobre o valor total das despesas do RGPS com concessões em 2006, e, ainda, um volume máximo de recursos pagos em 2012. Do conjunto das cinco regiões para a clientela urbana, entre 1997 e 2012, todas mantiveram valores de auxílio-doençaper capitasuperiores ao salário mínimo, ao passo que a clientela rural tendeu a acompanhá-lo. Houve maior predominância de despesas entre o público masculino entre 2003 e 2012, sendo seu valor per capitatambém superior ao recebido pelo sexo feminino. Em relação às faixas de idade, as maiores concentrações de valores foram identificadas em beneficiários entre 40 e 49 anos de idade, tanto de sexo masculino quanto feminino. Em relação às categorias diagnósticas que mais geraram concessão de auxílio-doença em 2012 para o sexo masculino, encontram-se aFratura da perna, incluindo tornozelo, para aqueles de clientela urbana, e aHérnia Inguinal, para beneficiários de clientela rural.Já para o sexo feminino, a causa clínica que mais consumiu recursos no ano de 2012, tanto para clientela urbana como para a clientela rural, foi a de Leiomioma do Útero. |