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Título: Análise do orçamento da Política de Saúde Mental no Distrito Federal, no período de 2012 a 2014
Autor(es): Brito, Gesiele de Lemos
Orientador(es): Salvador, Evilásio da Silva
Assunto: Saúde mental - assistência
Reforma psiquiátrica
Data de apresentação: 2015
Data de publicação: 6-Jan-2016
Referência: BRITO, Gesiele de Lemos. Análise do orçamento da Política de Saúde Mental no Distrito Federal, no período de 2012 a 2014. 2015. 107 f., il. Monografia (Bacharelado em Serviço Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Este trabalho de conclusão de curso analisa o orçamento da saúde mental no Distrito Federal, no período de 2012 a 2014. Para tanto foi considerado a história da política de saúde mental no Brasil, do período colonial aos dias atuais, bem como as bases legais para sua institucionalização e os gastos orçamentários da esfera nacional e do Distrito Federal. A exclusão e a segregação permeiam a história da saúde mental no Brasil, personificada principalmente na figura dos hospitais psiquiátricos. A partir do advento da reforma psiquiátrica, esse modelo hospitalar passa a ser questionado e se propõe um modelo substitutivo, extra hospitalar, galgado na cidadania das pessoas com transtornos mentais e na inserção comunitária, expressos na Lei 10.216/2001. A partir de 2006 presenciamos um redirecionamento no orçamento da saúde mental da União, sendo que os recursos destinados para os serviços extra hospitalares representaram 55,92%, enquanto que os serviços hospitalares representaram 44,08%. Na particularidade do Distrito Federal, não foi possível identificar quanto o governo destina de recursos para os serviços hospitalares psiquiátricos, pela falta de descrição das ações dentro do orçamento. Contudo, as ações identificadas como constitutivas da saúde mental dentro do orçamento do Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF), demonstra um direcionamento dos gastos para implementação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). No entanto, os recursos destinados para saúde mental dentro do FSDF são insuficientes, pois esses nem chegam a representar 0,2% do total do orçamento da saúde, bem como do total autorizado de R$ 16.740.644,50, somente R$ 7.969.289,38 foram pagos, isso nos mostra que mais da metade dos recursos não foram executados, muitas vezes sendo destinados a outros fins. Portanto, a política de saúde mental no Distrito Federal demonstra na atual conjuntura um processo contraditório, pois ao mesmo tempo em que se tenta implementar a reforma psiquiátrica, por meio de modelo de atenção à saúde com serviços substitutivos, se presencia à continuação de um hospital psiquiátrico assentado em práticas do modelo asilar, bem como um descompromisso por parte dos governantes com essa política e o fortalecimento de entidades não governamentais no tratamento das pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas.
Abstract: The present work analyses the mental health budget in Federal District, in the period of 2012 to 2014. For this purpose, it was considered the history of mental health in Brazil from colonial period to nowadays, as well as the legal basis for its institutionalization and budgetary expenditures of national and Federal District spheres. Exclusion and segregation describe the history of mental health in Brazil, personified mainly in the image of psychiatric hospitals. From the advent of psychiatric reform, this hospital model is being questioned and a new substitute model is proposed, out of the hospital, built on the citizenship of people with mental disorders and in community inclusion, described in Law 10.216/2001. From the year of 2006, we witnessed a redirect of Union’s mental health budget, and that the resources for out of hospital services represent 55, 92%, while hospital services represent 44, 08%. Considering just the Federal District region, it was not possible identify the resources amount which government allocates to psychiatric hospitals. However, the action identified as constitutive of mental health within Federal District Health Fund (FSDF), shows a direction of the expenditure for implementation in the Centers of Psychosocial Care (CAPS). Nonetheless, the resources allocated for mental health within FSDF are insufficient, because those resources do not even represent 0,2% of the total of health budget, as well as the authorized amount R$ 16.740.644,50, only R$ 7.969.289,38 was paid, this shows that more than the half of resources were not executed, many times being allocated for other purposes. Therefore, mental health policy in Federal District, shows in the current situation a contradictory process, because at the same time that it is intended to implement a psychiatric reform, through the model of health attention with substitute services, it is witnessed the continuation of a psychiatric hospital based on asylum model practices, as well as there is a lack of commitment by the government concerning this policy and the strengthening of non-governmental entities in the treatment of people with needs arising from the use of alcohol, crack and other drugs.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, 2015.
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