Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/11609
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2015_LeiciLandherrMoreira.pdf957,54 kBAdobe PDFver/abrir
Título: A representação da responsabilidade em “Édipo em Colono” de Sófocles
Autor(es): Moreira, Leici Landherr
Orientador(es): Bacelar, Agatha Pitombo
Assunto: Responsabilidade
Édipo em Colono (Tragédia grega)
Data de apresentação: 6-Jul-2015
Data de publicação: 6-Jan-2016
Referência: MOREIRA, Leici Landherr. A representação da responsabilidade em “Édipo em Colono” de Sófocles. 2015. 44 f. Monografia (Licenciatura em Letras Português)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Este trabalho discute a representação da responsabilidade na tragédia “Édipo em Colono”, de Sófocles a fim de compreender a relação que Édipo estabelece com seus crimes (hamartía). Essa representação diretamente vinculada ao míasma (mácula) do herói é construída nos seus três discursos de defesa, em que se observa a permeabilidade entre a linguagem jurídica, política, retórica e religiosa. Como o conceito de responsabilidade para os gregos antigos destoa significativamente do conceito moderno, é necessário examinar a relação que os gregos estabeleciam com seus atos desde o período arcaico. É nesse sentido que o primeiro capítulo deste trabalho discute a representação da responsabilidade grega a partir dos estudos de Gernet (1917), Vernant (1999) e Said (1978) até os estudos mais atuais de Ober (1989), Parker (1983), Harris (2015) percebendo que a representação da reponsabilidade na Grécia antiga implica a articulação entre aspectos objetivos e subjetivos não só de um determinado crime, mas também da relação que o praticante estabelece com ele. O segundo capítulo apresenta a tradução e análise dos três discursos de defesa que Édipo dirigiu ao coro (vv. 258-91, 510-48) e a Creonte (vv. 960-1013), nos quais é examinado como a responsabilidade e o míasma são tematizados. Por fim, esse trabalho conclui que a representação da responsabilidade em “Édipo em Colono” envolve, sobretudo, a imbricação entre, de um lado, questões jurídicas como a negociação de categorias de transgressão (ákōn e hekṓn) discutidas em virtude da reinscrição da lei de homicídio atribuída a Draco (410 a.C) em data próxima à da encenação da tragédia (409 a.C) e, de outro lado, questões religiosas como o estatuto de suplicante de Édipo em Colono e sua condição de portador ou não de míasma.
Résumé: Le présent travail porte sur la répresentation de la responsabilité dans la tragédie OEdipe à Colone, de Sophocle pour comprendre la relation qu’OEdipe établit avec ses crimes (hamartia). Directement liée au míasma (souillure) du héros, cette représentation est construite au long de ses trois discours de défense, où l’on voit la perméabilité entre le langage juridique, politique, rhétorique et religieux. Puisque la notion de responsabilité des Grecs anciens diffère significativement de la conception moderne, il faut examiner la relation que les Grecs établissent avec ses actions depuis la période archaïque. Ainsi, le premier chapitre de ce travail mène une discussion sur la représentation de la responsabilité grecque à partir des études de Gernet (1917), Vernant (1999), Said (1978), et de celles, plus récentes, de Ober (1989), Parker (1983), et Harris (2015). En effet, il faut tenir en compte que la représentation de la responsabilité en Grèce ancienne implique l’articulation des aspects objectifs et subjectifs, non seulement d'un délit particulier, mais aussi à propos de la relation que l’auteur du délit établit avec son acte. Le deuxième chapitre propose la traduction et l’analyse des trois discours de défense qui OEdipe adresse au choeur (vv. 258-91, 510-48) et à Créon (vv. 960-1013), dans laquelle l’on examine la thématisation de la responsabilité et du míasma. Finalement, le travail conclut que la représentation de responsabilité dans OEdipe à Colone implique principalement l’imbrication entre d’une part, des questions juridiques telles que la négociation de catégories du délit (ákōn et hekṓn) – du fait de la réinscription de la loi d’homicide attribuée à Dracon (410 av. JC) à une date proche de celle de la mise en scène de la tragédie (409 av. JC) – et, d’autre part, les questions religieuses comme l’état de suppliant d’OEdipe et son statut de porteur ou non du míasma.
Informações adicionais: Monografia (graduação)-Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, 2015.
Aparece na Coleção:Letras - Português



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons