Uso de tabaco e dependência de nicotina em idosos : uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: A prevalência do tabagismo em idosos é menor do que em adultos em geral, porém grande parte dos idosos fumantes iniciaram o hábito de fumar na juventude e rapidamente se tornaram dependentes da nicotina, o que dificulta o abandono do hábito. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre o uso de tabaco e dependência de nicotina em idosos no Brasil. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa na Biblioteca Virtual em Saúde no período de 2010 a 2013, com as palavras chaves “idoso”, “tabagismo”, “Fagestrom”, “teste de dependência à nicotina” e “dependência nicotínica”. Resultados e discussão: Os textos selecionados permitiram abordagens como “Tabagismo e gênero”, “Tabagismo e idade”, Tabagismo e dependência de nicotina” . Entre os fumantes, os idosos do sexo masculino foram a maioria. A prevalência de tabagismo diminui com o avanço da idade. O tabagismo e a baixa condição socioeconômica mostraram associação significativa. A institucionalização contribui com a continuidade do tabagismo, devido ao afastamento da família e abandono, possíveis maus tratos e ao menor alcance de cuidados de saúde adequadamente capacitados para tratamento gerontológico. Em relação a dependência de nicotina, a moderada dependência nicotínica preponderou independentemente da faixa etária. Nos idosos mais velhos, o grau de dependência de nicotina elevada mostrou-se maior do que nas outras faixas etárias. Esse achado sugere que com o aumento da idade há uma tendência ao aumento da dependência ao tabaco. Um fator que poderia explicar essa situação é o maior tempo de exposição do organismo à nicotina. Considerações finais: Idosos tabagistas são em sua maioria homens e conforme o aumento da idade diminui-se a prevalência de idosos fumantes. Quanto à questão social, foi verificado que pessoas menos instruídas e que são solteiras têm mais propensão a serem tabagistas quando comparadas aos que provêm de mais anos de estudo e que são casados ou viúvos. Pode-se observar que estudos sobre a dependência de nicotina em idosos são escassos no Brasil. É preciso realizar novas pesquisas nessa área do conhecimento em idosos.