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Título: O lado obscuro da letra : uma análise do romance Zero de Ignácio de Loyola Brandão
Autor(es): Araújo, Lívia Pereira de
Orientador(es): Barbosa, Sidney
Assunto: Brandão, Ignácio de Loyola, 1936-
Literatura brasileira
Romance (Literatura)
Data de apresentação: 7-Jul-2014
Data de publicação: 17-Nov-2014
Referência: ARAÚJO, Lívia Pereira de. O lado obscuro da letra: uma análise do romance Zero de Ignácio de Loyola Brandão. 2014. 54 f., il. Monografia (Licenciatura em Letras Português)-Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Resumo: Do céu ao inferno, envolvida em discursos pomposos, a sociedade brasileira embarcava numa viagem repleta de contradições. Contradições essas que culminaram no golpe militar de 64 e na ascensão midiática em moldes que se confundem com a atuação estatal. Um momento em que a consciência não poderia ter mais nada a dizer. Ignácio de Loyola Brandão enxergou na crise uma oportunidade de expressão artística. A arte é assim. Brota em qualquer terreno, em qualquer lugar, principalmente nos mais inóspitos. A obra Zero foi mais uma das afrontas aos reacionários que caçavam as mentes inquietas e em razão disso acabou sendo publicado na Itália embora tenha sido idealizado especialmente para o leitor brasileiro. O cúmplice que sobrevivia na realidade que foi posta em literatura. Uma literatura real. Terrivelmente real. O protagonista não é apenas José, o caçador de ratos de cinema que se torna um guerrilheiro surreal e contundido em suas mais insanas introspecções. O protagonista não é somente o cenário indiretamente paulistano contrastado pela riqueza fétida. O protagonista não é só o povo brasileiro sôfrego que se contorcia para respirar nas truculentas amarras militares. O protagonista é a letra, em Zero usada de um modo atrevido, democrático. Essencialmente democrático, aliás. A despeito dos conservadores aqui e ideia é preservar o pensamento. José se lambuza em letras para ser retratado em seu pensamento mais fiel. Ignácio não quer confete e sim quer ser fiel ao pensamento. Zero foi de fato uma obra importante naquele momento de maturação democrática vivida pelo Brasil, contudo pode-se inferir que a obra ainda pode ser considerada importante num momento onde o ensino da língua e sobretudo da literatura é questionado em meio acadêmico com foco nas realidades díspares da nossa sociedade. Zero é uma obra que estimula o futuro escritor a ser livre e, principalmente, ser fiel ao direito de ser escritor, ou o direito de se expressar. Afinal de contas todos aqueles que buscam o senso crítico são de alguma forma escritores também. A luta pela obscuridade da letra é um embate inerente a natureza humana. A letra que atua tanto como aliada como também como a pior das inimigas.
Abstract: From heaven to hell, engaged in pompous speeches, Brazilian society embarking on a journey fraught with contradictions. These contradictions that culminated in the military event of 64 and rise in the media in ways that are confused with the state action. A moment that consciousness could not have anything else to say. Ignacio de Loyola Brandão saw the crisis as an opportunity for artistic expression. Art is like that. Buds on any land, anywhere, especially in the most inhospitable. Zero work was another indignity of reactionaries who hunted the restless minds and because it ended up being published in Italy although it was designed especially for the Brazilian player. The accomplice who survived the reality that was put into literature. A real literature. Terribly real. The protagonist is not only José, the rat catcher movie that becomes a surreal guerrilla and bruised in their most insane insights. The protagonist is not only indirectly São Paulo‟s scenery contrasted by stinking rich. The protagonist is not only the Brazilian people grasping for breath writhing in belligerent military moorings. The protagonist is the letter in Zero used a raunchy, democratic way. Essentially democratic, indeed. Despite the conservative idea here is to preserve and thinking. Joseph smears in letters to be portrayed in his most faithful thinking. Ignacio does not want confetti but wants to be faithful to the thought. Zero was indeed an important work in that moment of democratic maturation experienced by Brazil, however it can be inferred that the work can still be considered important at a time when the teaching of language and literature is particularly challenged in academia focusing on disparate realities of our society. Zero is a work that stimulates the future writer to be free and, especially, to be faithful to the law to be a writer, or the right to express themselves. After all those who seek critical thinking are also some fashion writers. The struggle for Dark letter is an inherent human nature clash. The letter that acts both as an ally as well as the worst enemy.
Informações adicionais: Monografia (graduação)-Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, 2014.
Aparece na Coleção:Letras - Português



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