Resumo: | O ser humano possui a capacidade de aprender constantemente, seja por novas experiências, pela simples observação ou por meio de conversas e trocas de informações. No ambiente de trabalho, o conhecimento e a aprendizagem têm recebido crescente ênfase devido à idéia de que funcionários bem capacitados e bem preparados são, atualmente, o principal caminho para a obtenção de vantagens competitivas. O presente trabalho teve por objetivo identificar e descrever de que modo acontece a aprendizagem informal de competências necessárias à execução das atribuições exigidas dos profissionais ocupantes do cargo de Assistente de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, caracterizando-se, dessa maneira, como um estudo de caso único. Esta é uma das carreiras integrantes do Serviço Exterior Brasileiro e sua classe é formada por servidores aprovados em concurso de nível médio. Para realizar esta análise, o estudo propõe a identificação dos processos que possibilitam a ocorrência da aprendizagem informal, a descrição das competências desenvolvidas, a definição da importância das redes sociais para a transferência de informações e conhecimentos, bem como a realização de uma análise comparativa entre servidores empossados em períodos distintos. Visando ao alcance desses objetivos, a pesquisa inicialmente fundamentou-se na revisão da literatura existente, abrangendo os principais conceitos a respeito dos temas abordados por esta pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio do exame de entrevistas semi-estruturadas efetuadas com dois grupos de servidores, empossados em períodos distintos. As informações obtidas foram analisadas e organizadas por grupo, facilitando, dessa maneira, a posterior comparação. A última parte deste trabalho visa à exposição das considerações finais e das principais conclusões obtidas por intermédio da realização da pesquisa, com base em uma análise crítica dos resultados encontrados através das entrevistas realizadas com os dois grupos de servidores, com ênfase nos critérios: desenvolvimento de competências, processos de aprendizagem e redes sociais. Esse capítulo tratará, ainda, da limitações desta pesquisa, principalmente no que diz respeito à análise das redes sociais existentes no Ministério das Relações Exteriores e trará, por fim, sugestões de novas pesquisas que tratem das mesmas temáticas abordadas neste trabalho. |