Resumo: | Objetivo: Verificar a relação entre ansiedade e a Síndrome da bexiga hiperativa em mulheres idosas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado com 150 idosas. Foram incluídas na pesquisa idosas, com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em Ceilândia, e que participavam de algum programa de atenção à saúde do idoso. Foram excluídas aquelas que realizassem tratamento para as queixas de bexiga, e/ou ansiedade, apresentassem doença neurológica, câncer de bexiga ou não conseguissem responder aos questionários adequadamente. Os sintomas de bexiga hiperativa foram avaliados pelo questionário OAB-V8. A pontuação varia de 0-40 e pontuações maiores que 8, indicam um provável diagnóstico de disfunção do trato urinário inferior. Para verificar o nível de ansiedade, foi utilizada a Escala de Ansiedade de Beck, o escore total varia de 0 a 63, e de acordo com o escore obtido, é possível calcular o grau de ansiedade da paciente. Para a caracterização da amostra foi utilizado um questionário com perguntas relacionadas às características físicas e sócio demográficas da amostra. Resultados: No grupo das idosas com a Síndrome da Bexiga Hiperativa, 85,7% (n=90 ) das mulheres apresentavam ansiedade. A correlação de Pearson demonstrou uma relação significativa e positiva entre o nível de ansiedade e o escore da Síndrome da bexiga hiperativa (r=0,328; p=0,000). Quando a amostra foi dividida em um grupo com síndrome da bexiga hiperativa (n=105) e um grupo saudável (n=45), o teste de Mann-Whitney demonstrou que o grupo da Síndrome da bexiga hiperativa possui IMC significativamente maior do que o grupo saudável (27,87±4,75; 25,43±3,72 respectivamente) (p<0,001). Conclusões: A ansiedade e a síndrome da bexiga hiperativa são condições comuns em idosas e estão relacionadas entre si, sendo que aqueles que apresentam esta síndrome estão mais susceptíveis a apresentar níveis mais elevados de ansiedade. ________________________________________________________________________ ABSTRACT To investigate the relationship between anxiety and overactive bladder syndrome in elderly women. Methods: This was a cross-sectional analytical study carried out with 150 elderly women. There were included in the survey elderly women aged from 60 years, living in Ceilândia and participating in any elderly health care program. Excluded those that carried out the treatment for bladder complaints, and / or anxiety, presented neurological disease, bladder cancer or were unable to answer the questionnaires properly. Symptoms of overactive bladder were assessed by questionnaire OAB-V8. The score ranges from 0-40 and scores greater than 8, indicating a probable diagnosis of lower urinary tract dysfunction. To check the level of anxiety, it was used the Beck Anxiety Scale, the total score ranges from 0 to 63, and according to the score, it is possible to calculate the degree of anxiety of the patient. To characterize the sample it was used a questionnaire related to the physical characteristics and socio-demographic sample. Results: In the group of elderly women with Overactive Bladder Syndrome, 85.7% (n = 90) of women reported anxiety. The Pearson correlation showed a significant and positive relationship between the level of anxiety and the score of overactive bladder syndrome (r = 0.328, p = 0.000). When the sample was divided into a group with overactive bladder syndrome (n = 105) and one healthy group (n = 45), the Mann-Whitney test showed that the group of overactive bladder syndrome has BMI significantly larger than the healthy group (27.87 ± 4.75, 25.43 ± 3.72 respectively) (p <0.001). Conclusion: Anxiety and overactive bladder syndrome are common conditions in elderly women and are related to each other, and those who have this syndrome are more likely to have higher levels of anxiety. |