Resumo: | A loucura não é vista tradicionalmente como deficiência, apesar da opressão pelo corpo compartilhada por pessoas em sofrimento mental e pessoas com deficiência, são pessoas cuja classificação pelos saberes biomédicos é feita de forma distinta. Devido à nova compreensão de deficiência a partir da Convenção sobre os Direitos das Pessoa com Deficiência, no entanto, estes conceitos foram aproximados. A partir da Convenção, pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos e ao interagir com barreiras sociais tem sua participação restringida. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar se o trabalho desenvolvido pelas assistentes sociais é pautado por uma noção social ou biomédica da deficiência, nos Centros de Atenção Psicossocial II (CAPS II) do Distrito Federal, buscando apreender e analisar a atuação destes profissionais nesses serviços, assim como identificar dificuldades existentes na atuação profissional. Para alcançar o objetivo deste trabalho foram realizadas entrevistas com as profissionais de todos os CAPS II do Distrito Federal. As conclusões sugerem que não há um consenso entre as assistentes sociais dos CAPS sobre o transtorno mental como uma deficiência, mas que se pode argumentar que a loucura está incorporada na compreensão de deficiência e mesmo que as assistentes sociais não assumam a aproximação conceitual, sua atuação é pautada pelo modelo social da deficiência. ___________________________________________________________________________ ABSTRACT The madness is not traditionally seen as disabled, despite the oppression by the body shared by people in mental distress and people with disabilities are people whose classification is made by biomedical knowledge differently. Due to new understanding of disability from the Convention on the Rights of Persons with Disabilities, however, these concepts were approximate. From the Convention, persons with disabilities include those who have long and interact with social barriers have restricted their participation. In this context, this paper aims to analyze the work done by social workers is guided by a sense of social or biomedical deficiency in Psychosocial Care Centers II (CAPS II) of the Federal District, seeking to understand and analyze the performance of these professionals these services, as well as identifying difficulties in professional practice. To achieve the objective of this study, interviews were conducted with professionals from all CAPS II of the Federal District. The findings suggest that there is a consensus among the social workers of CAPS on mental illness as a disability, but it can be argued that insanity is incorporated in the understanding of disability and even social workers do not take the conceptual approach, its performance is guided by the social model of disability. |