Resumo: | Os ecossistemas naturais têm passado por significativas mudanças, especialmente nos últimos séculos. A partir da Revolução Industrial, essas transformações se intensificaram, principalmente após a descoberta do Petróleo. Atualmente, sabemos que nossa sociedade se encontra na iminência do colapso energético e do colapso ambiental, este último causado pela queima desenfreada de combustíveis fósseis e pela destruição dos ecossistemas naturais. Em que pese a gravidade das crises energética e socioambiental, cada vez mais pessoas têm se preocupado em implementar alternativas que sejam verdadeiramente sustentáveis, com o objetivo de tentar prevenir um futuro desastre. Nossos grandes desafios parecem ser o repensar de todos os nossos paradigmas civilizatórios e o reaprender a viver, em harmonia com o meio ambiente. Nesse sentido, analizou-se quais fatores levaram as sociedades antigas ao colapso, e constatou-se que muitos deles estão presentes em nossa sociedade atual. Nesse contexto de repensar, a Alimentação Viva desponta como concepção alimentar de potencial terapêutico indiscutível, capaz de prevenir, reverter e curar os mais diversos tipos de doenças, através da culinária dos alimentos vivos. A Permacultura, por outro lado, têm mostrado, na prática, que é perfeitamente possível planejar e implementar ambientes humanos sustentáveis, plenamente capazes de satisfazer nossas necessidades sem comprometer a base de sustentação da vida. O principal objetivo deste trabalho é mostrar de que forma a Alimentação Viva e a Permacultura podem ser utilizadas no sentido da construção de uma proposta ecopedagógica integral e holística, em contrapartida à práticas reducionistas de educação ambiental normalmente utilizadas pelos educadores. Espera-se que a integração da Alimentação Viva e da Permacultura à ecopedagogia possa dar braços a esta ciência, contribuindo para que o discurso teórico da sustentabilidade possa ser transformado em ações concretas. |