Referência: | PAIVA, Natália Araújo. Avaliação de parâmetros geoquímicos em ambiente aquático: estudo de caso da Várzea do Curuai, Amazônia, Brasil. 2013. 20 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013. |
Resumo: | A Bacia Amazônica é constituída também por planícies de inundação, conhecida como áreas de Várzeas, que ao longo do Rio Amazonas formam, aproximadamente, 6500 lagos. Esses lagos são componentes importantes da biogeoquímica, ecologia e hidrologia da bacia Amazônica e apresentam um papel importante no armazenamento temporário ou permanente do material dissolvido (água) e particulado (material em suspensão e sedimentos) de elementos químicos. Este estudo tem o objetivo de avaliar a dinâmica dos elementos químicos ferro (Fe), alumínio (Al) e manganês (Mn) em fase dissolvida (D) e particulada (P material em suspensão) durante um ciclo hidrológico no período de 2005 a 2006 em águas superficiais e na coluna d’água nos lagos de água branca e preta da Várzea do Curuai, Amazônia. Nas águas superficiais, os maiores valores médios de Al-D e Fe-D (98,15 ± 123,27 μg/L e 516,58 ± 517,90 μg/L) e de Al-P, Fe-P e Mn-P (93,90 ± 38,85 mg/g; 75,75 ± 32,32 mg/g e 0,89 ± 0,55 mg/g) ocorreram durante o período de enchente dos lagos de água branca quando a maioria deles recebem principalmente água do Rio Amazonas. Já os valores máximos de Mn-D foram registrados no período de seca nos lagos de água branca (nov/05 21,01 ± 24,91 μg/L) quando as águas dos lagos estão saindo da Várzea para o Rio Amazonas. Além disso, na coluna d’água, durante o período de enchente dos lagos, os maiores valores de Fe, Al e Mn em fase dissolvida (respectivamente, 1034,29 μg/L; 51,56 μg/L e 89,53 μg/L) e em fase particulada (139,15 mg/g; 216,62 mg/g; 7,75 mg/g) foram mensurados à 1/3 de profundidade da coluna d`água, localizados próximos aos sedimentos. |