Resumo: | Um dos grandes desafios em trabalhar “A arte na saúde mental: Uma proposta da pedagogia do teatro”, com pessoas que sofrem de transtornos mentais e/ ou psíquicos, é sem dúvida alguma levá-los a romper com estereótipos (criados e estimulados pelo sistema capitalista) que os torna reféns do medo e da possibilidade de entender e vivenciar que a busca pela autonomia e por mudanças em seu cotidiano é possível. Através das obras de Boal “jogos para atores e não atores” e “Teatro do Oprimido”, este autor nos dá condição de entender e aplicar toda uma sistematização de técnicas teatrais que nos impulsiona a trabalhar projetos com “não atores”, pois como ele mesmo reafirma, podemos encontrar uma condição interna de mudanças, passando de passivos a ativos em nossa reconstrução pessoal e o teatro propõe estas mudanças. Falar desse pensador, é falar também em rompimento de barreiras, pois em “ Teatro do Oprimido” ele salienta a visão política da arte (O pensamento determina o homem ou vice versa ?) herdada por Brecht, e nos instiga a experimentá-la em nossa prática teatral a busca de saídas e desejos de mudanças em nossa existência. Para entretanto, poder " atuar " dentro do CAPSIII (Centro de Atenção Psicossocial ) é indispensável entender não apenas todo seu histórico e estrutura, mas também a relação estabelecida, com os usuários, seja através de atividades terapêuticas oferecidas, assim como o que os usuários e seus familiares podem esperar de um trabalho que propõe, além de uma reinserção social, a ampliação de sua cidadania. A fim de refletir sobre as possibilidades em trabalharmos, mais especificamente com esta rede de serviços (substitutivos ao manicômio, ou confinamento) este trabalho pretende também refletir o “tratar” sobre os mais diversos aspectos, levando o grupo trabalhado ( através de uma leitura dramática) a vivenciar que “Tratar é estar em atividade”, de uma forma livre e produtiva. O processo construtivo que, com certeza, pode ser proporcionado pelas atividades a serem desenvolvidas, através de exercícios de corpo, de voz, memorização, improvisação livre e improvisação direcionada, jogos teatrais e dramáticos, baseia-se no pressuposto de que estas são fatores primordiais de desenvolvimento e aprendizagem. Todo esse conteúdo vem de encontro às necessidades e experiências que existiam inicialmente, tanto pela coordenação do CAPSIII, como pelos próprios usuários desta instituição que encontra no teatro a busca pela própria “voz“ e estímulo para o aprimoramento e desenvolvimento artístico e/ ou pessoal. No decorrer do curso de Licenciatura em teatro na EAD/UNB (pólo: Barretos/ S.P ), foi possível detectar que é fundamental não apenas aliar a teoria à prática, mas também a nos permitir a “correr riscos”, e enfrentar desafios, investigando o ser humano, além de sua pseudo aparência, resgatando-o holisticamente. Sendo assim, acreditamos que é necessário e possível experimentar e vivenciar “A arte em saúde mental: Uma proposta de intervenção da pedagogia do teatro”, não apenas dentro do CAPSIII, mas em qualquer instituição, que prioriza o homem, e o vê não como mera mercadoria barata, mas como um ser pensante e atuante, que possibilita a transformação de seu histórico pessoal e social. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT A major challenge in working in the art mental health:” A proposal from the pedagogy of theater”, with people suffering from mental disorders and / or mental, is undoubtedly algumalevá them to break with stereotypes (created and encouraged by the capitalist system) that makes them hostage to the fear and the possibility of understanding and experience that the search for autonomy and changes in your life is possible. Through the work of Boal "games for actors and non actors" and "Theatre of the Oppressed," the author gives us a position to understand and apply a systematic whole of theatrical techniques that drives us to work projects with "non-actors," because as he reaffirms that we can find an internal condition of change from passive to active in our reconstruction and theater staff proposes these changes. Speaking of that thinker, is to speak also in breaking through barriers, as in "Theatre of the Oppressed" he points out the political vision of art (thinking determines man or vice versa?) Inherited by Brecht, and invites us to experience it in our theatrical practice the search outputs and desires for change in our lives. In the meantime, can "act" within the CAPSIII (Psychosocial Care Center) is essential to understand not only all of its history and structure, but also established the relationship with users, either through therapeutic activities offered, as well as what users and their families can expect from a work that proposes, in addition to a probation officer, the expansion of their citizenship. In order to reflect on the possibilities of working more specifically with this network of services (substitute the asylum, or confinement) this work also aims to reflect the "Deal" on the various aspects, leading the working group (through a dramatic reading ) to experience that, "this is to be active" in a free and productive. The constructive process which, of course, can be provided for activities to be developed through exercise of body, speech, memory, free improvisation and directed improvisation, theater games and dramatic, is based on the assumption that these are major factors development and learning. All this content has been meeting the needs and experiences que existed initially, both for coordinating the CAPS III, as by the users of this institution in the theater is the pursuit of his own "voice" and a stimulus for the improvement and development of art and / or personnel. During the Bachelor's Degree in Theatre in DL / UNB (pole: Barry / SP), it was possible to detect that it is essential not only to combine theory with practice, but also allow us to "take risks", and challenges, investigating humans, and its pseudo appearance, rescuing it holistically. Thus, we believe it is necessary and possible to experiment and experience "Art in mental health: A proposal for action by the pedagogy of theater," not only within the CAPS III, but in any institution, which prioritizes the man and sees him not as mere cheap commodity, but as a thinking and acting that allows the transformation of his personal history and social. |