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Título: O bem viver e o bem morrer segundo Sócrates
Autor(es): Noronha Junior, Edivar Ferreira de
Orientador(es): Oliveira, Loraine de Fátima
Assunto: Justiça (Filosofia)
Sócrates
Imortalidade (Filosofia)
Data de apresentação: 11-Out-2012
Data de publicação: 1-Nov-2012
Referência: NORONHA, Edivar. O bem viver e o bem morrer segundo Sócrates. 2012. 37 f. Monografia (Licenciatura em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
Resumo: Na Apologia escrita por Platão, o filósofo esboça a condenação de Sócrates ocorrida em 399 a.C. Este responde a um processo público no tribunal de Atenas e os termos da acusação são os de não reconhecer os deuses da cidade, introduzir novas divindades e de corromper seus jovens seguidores. Sócrates afirma que sua ocupação com a filosofia é que o colocara em risco de morte, mas que prefere essa sentença a viver uma vida sem exame, pois como bem disse “vida sem exame não é digna de um ser humano”.1 Tendo por fio condutor a Apologia pretende-se, pouco a pouco, elucidar as passagens em que Platão, na voz de Sócrates, discute a morte. Com que discursos da morte Sócrates dialoga? Que inovações traz sua concepção de morte? Em que medida essa discussão liga-se a uma meditação sobre o bem viver? O que seria esse bem viver para Sócrates e, de que modo, converge a um bem morrer e estar morto? Deste modo, no primeiro capítulo contrasta-se o estilo d'A defesa de Sócrates com as de outros réus e de como as acusações levantadas contra ele têm origem na sua ocupação com a filosofia, a sua profissão de ignorância é que o leva ao tribunal. No segundo, Discursos do Hades, são apresentados alguns discursos de Homero e Hesíodo para então se chegar ao Hades socrático, suas especulações sobre a morte e as novidades que elas trazem. O terceiro capítulo, Do bem morrer ao bem viver, mostra as implicações éticas da ideia de morte imaginada por Sócrates e de como sua esperança num bem morrer está ligada ao bem viver de quem se conduz, a passos firmes, pelos caminhos da justiça. Em suma, a morte é ainda mais objeto digno da filosofia por ser a realidade mais desconhecida pelos mortais. Faz-se, pois, uma reflexão por aproximação sem jamais atingi-la. A atividade filosófica é comparável à tentativa comovente de Odisseu, no Hades, de abraçar a mãe Anticléia. A imagem dela, sua alma, passa pelas mãos do herói como uma sombra (HOMERO, Odisséia, XI, 204-208): Profundamente abalado deixaram-me suas palavras; e, desejoso de o espírito ao peito apertar com ternura, arremeti por três vezes, levando-me o peito a abraçá-la; por outras tantas dos braços fugiu-me, qual sombra fugace, ou mesmo sonho, deixando-me dor mais acerba no espírito.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2012.
Aparece na Coleção:Filosofia - Graduação



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