Os fascismos em concorrência no Brasil : o governo Vargas e a repressão aos integralistas (1937-1938)

Abstract

O Estado Novo, instaurado por Getúlio Vargas após um golpe, demandou esforços para legitimar-se, especialmente diante do pleito eleitoral de 1938. Para desqualificar a democracia representativa, Vargas contou com o apoio dos integralistas, estabelecendo um regime autoritário baseado no medo e inspirado em modelos nacionalistas europeus. Este estudo destaca o padrão fascista de suprimir concorrência, evidenciando a incompatibilidade de ideais entre Vargas e os integralistas, apesar de ambos visarem à unidade nacional. O regime de Vargas, assim como a Ação Integralista Brasileira, foi desmontado por um sistema autoritário semelhante ao pretendido, que marginaliza a democracia em favor de uma sociedade harmoniosa e linear. Além disso, o trabalho busca introduzir debates sobre o fascismo como um fenômeno contínuo, com sua persistência na inspiração de movimentos autoritários ao redor do mundo, refletindo seu "descaso pela liberdade" e suas consequências duradouras.